Notícia
IMF – FED e BCE subiram taxas em 25 pontos base
BoJ ajustou política de controlo de yields; FED e BCE subiram taxas em 25 pontos base; Petróleo recuperou os $80/barril; Ouro com suporte nos $1940.
31 de Julho de 2023 às 14:00
| BoJ ajustou a política de controlo de yields
O Banco Central do Japão (BoJ), decidiu manter as suas taxas de juro de referência inalteradas (com a taxa de curto prazo nos -0.1%). No entanto, algo inesperadamente, anunciou um ajustamento da sua política de controlo da curva de yields, que poderá ser interpretada como um primeiro pequeno passo em direção a uma mudança para uma política restritiva. O BoJ decidiu que está disposto a adquirir obrigações do governo japonês a 10 anos a uma taxa de 1%, face à taxa anterior de 0.5%, o que sinaliza uma autorização da subida das yields a 10 anos até a um máximo de 1%. O Governador, Kazuo Ueda, descreveu a decisão como uma prevenção contra o risco da inflação se apresentar demasiado elevada. Também afirmou estar disposto a realizar mais alterações na sua política de controlo de yields, caso se observe um aumento na probabilidade de a inflação da economia japonesa atingir a meta de 2% de modo sustentado. Anteriormente, de acordo com um relatório mensal do Governo japonês, observou-se uma melhoria no sentimento empresarial japonês em julho, pela 1ª vez este ano, enquanto o alívio das cadeias de abastecimento e a remoção das restrições contra o Covid-19 começam a ter um efeito positivo na economia. Segundo o relatório, o Governo acredita que a economia nipónica está a "recuperar moderadamente", enquanto os gastos dos consumidores e das empresas e as exportações permaneceram estáveis em julho.
Na última semana, o Eur/Jpy voltou a falhar o teste à resistência dos 158 ienes, tendo posteriormente recuado durante o resto da semana até encontrar suporte nos 153 ienes. No entanto, na sexta-feira passada, o par ressaltou e voltou a recuperar terreno.
| FED e BCE subiram taxas em 25 pontos base
A Reserva Federal dos EUA (FED) fez o que se esperava e subiu a taxa de juro de referência em 25 pontos base, para o intervalo entre os 5.25% e os 5.50%, justificando a decisão com o facto da inflação ainda se manter demasiado elevada. O Comité de Política Monetária da FED indicou que vai continuar a recolher informação da economia e deixou as opções em aberto para a reunião de setembro, para fazer o que for necessário para levar a inflação até à meta de 2%. O presidente da instituição, Jerome Powell, reiterou que as decisões futuras estariam dependentes dos dados, indicando apenas que a FED pode subir novamente taxas em setembro, caso os dados o justifiquem. Powell mencionou que não espera cortar taxas de juro este ano.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu também subir as taxas de juro de referência em 25 pontos base, pela 9ª reunião consecutiva, como o esperado pelo mercado. A decisão tomada foi unânime. A taxa de desconto passou a ser a mais alta desde 2001 (3.75%) e a de refinanciamento no nível mais alto desde 2008 (4.25%). O BCE decidiu cortar a remuneração das reservas mínimas dos bancos para 0%. O foco da reunião esteve no facto de Christine Lagarde, presidente do BCE, ter clarificado que não haverá mais forward guidance. Ou seja, não assumiu posição relativamente à reunião de setembro e as decisões de cada reunião serão dependentes dos dados conhecidos até às mesmas. Foi um discurso muito em linha com o de Jerome Powell.
Na semana passada, o Eur/Usd deu seguimento às perdas apresentadas anteriormente, tendo recuado ao longo da semana até níveis próximos dos $1.0940, renovando mínimos de 3 semanas. Espera-se que o par consolide em torno dos $1.10 ao longo das próximas sessões.
| Petróleo recuperou os $80/barril
Na semana passada, o petróleo registou a 5ª semana consecutiva de ganhos, enquanto o mercado tem vindo a aumentar as suas expectativas de que os principais bancos centrais se estão a aproximar do fim do seu ciclo restritivo. Adicionalmente, no início do mês, a OPEP+ anunciou cortes na oferta, o que também tem vindo a beneficiar a matéria-prima.
O petróleo teve, portanto, uma semana de valorização, conseguiu quebrar a resistência dos $77 e valorizar até níveis acima dos $80/barril. O petróleo parece estar a acompanhar uma linha de tendência ascendente (vermelho) desde finais de junho.
| Ouro com suporte nos $1940
O ouro apresentou uma queda acentuada na quinta-feira, após dados os EUA que indicaram que a sua economia cresceu mais do que o esperado no 2º trimestre terem impulsionado o dólar. O metal precioso recuperou no dia seguinte, após um abrandamento nos dados da inflação dos EUA ter aumentado as expectativas de que a FED está mais próxima de para de subir as taxas.
O ouro retornou a apresentar uma semana volátil, tendo, a meio da semana passada, recuado até perto da resistência dos $1940, para recuperar na última sessão da semana até aos $1960. O metal precioso mantém como próxima resistência o nível nos $2000/onça.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
O Banco Central do Japão (BoJ), decidiu manter as suas taxas de juro de referência inalteradas (com a taxa de curto prazo nos -0.1%). No entanto, algo inesperadamente, anunciou um ajustamento da sua política de controlo da curva de yields, que poderá ser interpretada como um primeiro pequeno passo em direção a uma mudança para uma política restritiva. O BoJ decidiu que está disposto a adquirir obrigações do governo japonês a 10 anos a uma taxa de 1%, face à taxa anterior de 0.5%, o que sinaliza uma autorização da subida das yields a 10 anos até a um máximo de 1%. O Governador, Kazuo Ueda, descreveu a decisão como uma prevenção contra o risco da inflação se apresentar demasiado elevada. Também afirmou estar disposto a realizar mais alterações na sua política de controlo de yields, caso se observe um aumento na probabilidade de a inflação da economia japonesa atingir a meta de 2% de modo sustentado. Anteriormente, de acordo com um relatório mensal do Governo japonês, observou-se uma melhoria no sentimento empresarial japonês em julho, pela 1ª vez este ano, enquanto o alívio das cadeias de abastecimento e a remoção das restrições contra o Covid-19 começam a ter um efeito positivo na economia. Segundo o relatório, o Governo acredita que a economia nipónica está a "recuperar moderadamente", enquanto os gastos dos consumidores e das empresas e as exportações permaneceram estáveis em julho.
| FED e BCE subiram taxas em 25 pontos base
A Reserva Federal dos EUA (FED) fez o que se esperava e subiu a taxa de juro de referência em 25 pontos base, para o intervalo entre os 5.25% e os 5.50%, justificando a decisão com o facto da inflação ainda se manter demasiado elevada. O Comité de Política Monetária da FED indicou que vai continuar a recolher informação da economia e deixou as opções em aberto para a reunião de setembro, para fazer o que for necessário para levar a inflação até à meta de 2%. O presidente da instituição, Jerome Powell, reiterou que as decisões futuras estariam dependentes dos dados, indicando apenas que a FED pode subir novamente taxas em setembro, caso os dados o justifiquem. Powell mencionou que não espera cortar taxas de juro este ano.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu também subir as taxas de juro de referência em 25 pontos base, pela 9ª reunião consecutiva, como o esperado pelo mercado. A decisão tomada foi unânime. A taxa de desconto passou a ser a mais alta desde 2001 (3.75%) e a de refinanciamento no nível mais alto desde 2008 (4.25%). O BCE decidiu cortar a remuneração das reservas mínimas dos bancos para 0%. O foco da reunião esteve no facto de Christine Lagarde, presidente do BCE, ter clarificado que não haverá mais forward guidance. Ou seja, não assumiu posição relativamente à reunião de setembro e as decisões de cada reunião serão dependentes dos dados conhecidos até às mesmas. Foi um discurso muito em linha com o de Jerome Powell.
Na semana passada, o Eur/Usd deu seguimento às perdas apresentadas anteriormente, tendo recuado ao longo da semana até níveis próximos dos $1.0940, renovando mínimos de 3 semanas. Espera-se que o par consolide em torno dos $1.10 ao longo das próximas sessões.
| Petróleo recuperou os $80/barril
Na semana passada, o petróleo registou a 5ª semana consecutiva de ganhos, enquanto o mercado tem vindo a aumentar as suas expectativas de que os principais bancos centrais se estão a aproximar do fim do seu ciclo restritivo. Adicionalmente, no início do mês, a OPEP+ anunciou cortes na oferta, o que também tem vindo a beneficiar a matéria-prima.
O petróleo teve, portanto, uma semana de valorização, conseguiu quebrar a resistência dos $77 e valorizar até níveis acima dos $80/barril. O petróleo parece estar a acompanhar uma linha de tendência ascendente (vermelho) desde finais de junho.
| Ouro com suporte nos $1940
O ouro apresentou uma queda acentuada na quinta-feira, após dados os EUA que indicaram que a sua economia cresceu mais do que o esperado no 2º trimestre terem impulsionado o dólar. O metal precioso recuperou no dia seguinte, após um abrandamento nos dados da inflação dos EUA ter aumentado as expectativas de que a FED está mais próxima de para de subir as taxas.
O ouro retornou a apresentar uma semana volátil, tendo, a meio da semana passada, recuado até perto da resistência dos $1940, para recuperar na última sessão da semana até aos $1960. O metal precioso mantém como próxima resistência o nível nos $2000/onça.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.