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Um exercício de partilha de valor numa economia convergente

O papel do voluntariado no século XXI esteve em debate na Gulbenkian, numa conferência que reuniu empresários e organizações sociais com o director do Centro Europeu de Voluntariado. Reflectindo sobre os valores pessoal, social e económico deste “exercício de partilha de valor”, um painel de consultores concluiu que, na actual economia convergente, o voluntariado falará cada vez mais “uma linguagem comum” de sustentabilidade, no âmbito da qual estes três valores se completam e (inter)valorizam

04 de Dezembro de 2015 às 15:32
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Os valores económico, social e pessoal do voluntariado e as tendências e desafios que se adivinham para o seu futuro estiveram em análise na Fundação Calouste Gulbenkian, num encontro realizado a 25 de Novembro no âmbito da iniciativa Lisboa Capital Europeia do Voluntariado."O Papel do Voluntariado no Século XXI" foi o mote para um dia de debate e partilha de experiências entre empresas e organizações sociais, e que reuniu, num primeiro painel dedicado a valores, dirigentes da Accenture, da McKinsey e da Mercer e, num segundo, centrado nas tendências e desafios, responsáveis de várias entidades do terceiro sector: Just a Change, Mais Valia, Associação Coração Amarelo e Fundação Manuel Violante.

Na conferência organizada pela Gulbenkian em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa foram partilhados testemunhos de projectos e experiências inovadoras de trabalho voluntário em Portugal, avaliando-se de que forma as novas gerações encaram esta área, quer a nível empresarial quer enquanto prática de cidadania.

As oportunidades e os desafios do voluntariado na Europa para o século XXI também estiveram em análise, num terceiro painel a cargo de Justin Davis Smith, da direcção do Centro Europeu de Voluntariado.

Para dar respostas ao complexo debate que o tema "o valor do voluntariado: pessoal, social e económico" levanta, foram chamados a participar representantes de três consultoras, o que desde logo suscita principalmente "grandes perguntas, que é o que estamos habituados a fazer", antevê João Pedro Tavares.

Já de manhã uma reflexão durante a qual três grupos de trabalho, organizados pelos três tópicos em análise e constituídos por responsáveis de fundações e de organizações de voluntariado, empreendedorismo e intervenção social e comunitária, empresários e académicos, entre outros, analisaram os valores do voluntariado, suscitou muitas questões: até onde se pode ir e o que se pode fazer? O que tem sido a nossa procura e a nossa experiência? Pode-se perverter a bondade que está por detrás da economia social?

Numa dinâmica de trabalho "fantástica", segundo o vice-presidente da Accenture, que integrou o grupo dedicado ao "valor social do voluntariado", os participantes neste brainstorming ponderaram ideias, partilharam experiências e traçaram algumas estratégias para fazer do voluntariado uma causa nacional.

Para João Pedro Tavares, "vivemos num mundo em transformação, da economia convergente,", cujo futuro assistirá à criação de uma "linguagem comum" de sustentabilidade "em toda a economia", o que constitui "um grande desafio".

Neste contexto, o voluntariado cria impacto social "nas pessoas nas empresas e na sociedade, em geral", mas é preciso distinguir "o que é voluntariado e o que é cumprimento de responsabilidades em contexto familiar e social" (de proximidade).


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