Notícia
"Os próximos anos reservam-nos grandes desafios"
Perguntas a José Manuel Perdigoto, Director da DGEG
09 de Agosto de 2012 às 10:00
José Manuel Perdigoto, Director da DGEG
Director-geral de Energia e Geologia e presidente do júri do Prémio EDP energia eléctrica e Ambiente reconhece que nos últimos anos se têm conseguido resultados muito positivos na eficiência energética, mas alerta que, ainda assim, não se pode abrandar o ritmo.
Como avalia os esforços de eficiência energética que têm sido conseguidos pelas empresas portuguesas nos últimos anos?
As empresas portuguesas, sobretudo as grandes consumidoras de energia, têm hábitos de gestão dos seus consumos energéticos e de introdução de medidas de racionalização, e nos últimos anos têm conseguido resultados bastante positivos no domínio da eficiência energética. Se olharmos para os níveis atingidos na implementação do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE), na avaliação realizada no final de 2010, constatamos que os segmentos Indústria e Serviços estão a alcançar resultados que superam os objectivos definidos. No entanto, não se pode abrandar o ritmo dos esforços, pois os próximos anos reservam-nos grandes desafios e objectivos ambiciosos.
Como membro do júri que avaliação faz da evolução da qualidade e ambição dos projectos-candidatos? ao longo destes 21 anos
O número de candidaturas tem aumentado sustentadamente todos os anos e o nível das candidaturas tem melhorado. Tem-se criado maior competição entre os participantes que têm vindo a submeter propostas, com qualidade cada vez melhor, o que tem colocado maior dificuldade ao júri para decidir e seleccionar os projectos ganhadores. Por outro lado, os projectos apresentados têm vindo a crescer igualmente em ambição. Os objectivos ultrapassam os ganhos de eficiência energética, já em si mesmo muito meritórios, estendendo-se às boas práticas ambientais e de aproveitamento dos desperdícios, à alteração de comportamentos e à responsabilidade social e interacção com as comunidades locais.
"Os projectos apresentados têm vindoa crescer em termos de ambição."
Tem notado um maior empenhamento das empresas nacionais nesta área? Há uma evolução na preocupação com a melhoria do ambiente ou as empresas são apenas movidas pelo factor competitividade?
Existe sem dúvida uma maior preocupação das empresas nacionais relativamente à eficiência energética, que é hoje uma prioridade para a maior parte delas. A Agência Internacional de Energia (AIE) vem advertindo o Mundo nos últimos anos que "o tempo da energia barata acabou", e que a subida dos custos de energia deverá ser mitigada pela busca incessante de soluções de eficiência energética. A redução de custos e o aumento da competitividade foram obviamente os primeiros motivos para a implementação de medidas de eficiência energética nas empresas. Mas hoje já se encontram bastantes exemplos, em diversos sectores de actividade, em que a preocupação das empresas assenta em integrar boas práticas de gestão energética e de melhoria ambiental na execução dos seus processos de negócio, quer através da criação de competências próprias quer através da subcontratação exterior dessas valências. Com efeito, a eficiência energética combina na perfeição sustentabilidade económica e ambiental.
Director-geral de Energia e Geologia e presidente do júri do Prémio EDP energia eléctrica e Ambiente reconhece que nos últimos anos se têm conseguido resultados muito positivos na eficiência energética, mas alerta que, ainda assim, não se pode abrandar o ritmo.
Como avalia os esforços de eficiência energética que têm sido conseguidos pelas empresas portuguesas nos últimos anos?
As empresas portuguesas, sobretudo as grandes consumidoras de energia, têm hábitos de gestão dos seus consumos energéticos e de introdução de medidas de racionalização, e nos últimos anos têm conseguido resultados bastante positivos no domínio da eficiência energética. Se olharmos para os níveis atingidos na implementação do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE), na avaliação realizada no final de 2010, constatamos que os segmentos Indústria e Serviços estão a alcançar resultados que superam os objectivos definidos. No entanto, não se pode abrandar o ritmo dos esforços, pois os próximos anos reservam-nos grandes desafios e objectivos ambiciosos.
Como membro do júri que avaliação faz da evolução da qualidade e ambição dos projectos-candidatos? ao longo destes 21 anos
O número de candidaturas tem aumentado sustentadamente todos os anos e o nível das candidaturas tem melhorado. Tem-se criado maior competição entre os participantes que têm vindo a submeter propostas, com qualidade cada vez melhor, o que tem colocado maior dificuldade ao júri para decidir e seleccionar os projectos ganhadores. Por outro lado, os projectos apresentados têm vindo a crescer igualmente em ambição. Os objectivos ultrapassam os ganhos de eficiência energética, já em si mesmo muito meritórios, estendendo-se às boas práticas ambientais e de aproveitamento dos desperdícios, à alteração de comportamentos e à responsabilidade social e interacção com as comunidades locais.
"Os projectos apresentados têm vindoa crescer em termos de ambição."
Tem notado um maior empenhamento das empresas nacionais nesta área? Há uma evolução na preocupação com a melhoria do ambiente ou as empresas são apenas movidas pelo factor competitividade?
Existe sem dúvida uma maior preocupação das empresas nacionais relativamente à eficiência energética, que é hoje uma prioridade para a maior parte delas. A Agência Internacional de Energia (AIE) vem advertindo o Mundo nos últimos anos que "o tempo da energia barata acabou", e que a subida dos custos de energia deverá ser mitigada pela busca incessante de soluções de eficiência energética. A redução de custos e o aumento da competitividade foram obviamente os primeiros motivos para a implementação de medidas de eficiência energética nas empresas. Mas hoje já se encontram bastantes exemplos, em diversos sectores de actividade, em que a preocupação das empresas assenta em integrar boas práticas de gestão energética e de melhoria ambiental na execução dos seus processos de negócio, quer através da criação de competências próprias quer através da subcontratação exterior dessas valências. Com efeito, a eficiência energética combina na perfeição sustentabilidade económica e ambiental.