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Manutenção da notação A-2, com tendência estável à Visabeira

Desempenho operacional, valorização da carteira de acções e consolidação do Grupo VAA determinantes para o aumento da autonomia financeira

27 de Julho de 2010 às 12:26
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O pagamento atempado e na íntegra dos compromissos financeiros de curto prazo da GRUPO VISABEIRA SGPS sujeitos a follow-up continua a depender não só da geração de fundos do Grupo mas também, no caso desta ser insuficiente para o efeito, do resultado das acções desenvolvidas pelos principais accionistas da GRUPO VISABEIRA SGPS (o Senhor Engenheiro Fernando Campos Nunes e a Caixa Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A., por si e em representação do fundo de capital de risco por ela gerido) na sequência do compromisso firme que assumiram, solidariamente, em 28 de Maio de 2010, de desenvolver todos os esforços para que o Grupo cumpra, atempadamente, os seus compromissos financeiros de curto prazo.

Manutenção do compromisso firme de accionistas

O referido compromisso configura a forma de uma carta de conforto com uma obrigação de meios, embora não de resultados, pelo que, na opinião da Companhia Portuguesa de Rating, S.A. (CPR), a capacidade da GRUPO VISABEIRA SGPS honrar, atempadamente e na íntegra, os seus compromissos financeiros de curto prazo mantém-se forte (A-2), com tendência estável. Dado que o referido compromisso firme é válido pelo prazo de um ano, de acordo com os termos em que foi prestado, a notação e a tendência atribuídas pela CPR são válidas apenas para os compromissos financeiros de curto prazo com vencimento até 27 de Maio de 2011.

Expansão significativa da actividade

O volume de negócios do Grupo registou uma expansão significativa em 2009, maioritariamente determinada por crescimento orgânico, em resultado principalmente da capacidade de aproveitamento das oportunidades de prestação de serviços na principal área de negócio, a das Telecomunicações, Electricidade, Gás e Construção. O crescimento do resultado operacional do Grupo não acompanhou a expansão de actividade, pelo que se verificou uma descida da rendibilidade operacional do volume de negócios de 2,0 pontos percentuais (pp), face a 2008, para 8,5% em 2009. A consolidação do Grupo VAA contribuiu parcialmente para esta evolução.

Recuperação de rácios de cobertura

Em 2009 em termos financeiros é de assinalar, por um lado, a materialização de risco cambial associado às participadas que o Grupo detém em Moçambique e Angola e, por outro lado, o efeito da descida dos indexantes. Neste exercício verificou-se uma recuperação dos rácios de cobertura dos custos financeiros de financiamento por agregados operacionais adicionados de dividendos recebidos das acções detidas.

Sensibilidade da autonomia financeira

O rácio de autonomia financeira consolidada da GRUPO VISABEIRA SGPS aumentou para 21,8% no final de 2009, mais 6,3 pp face ao de final de 2008. Esta melhoria foi determinada principalmente pela consolidação do Grupo VAA e pela valorização das acções detidas. Assim, é de assinalar que atendendo à fase de reestruturação em que o Grupo VAA se encontra, a verificação de eventuais prejuízos terá um impacto negativo futuro nesta autonomia financeira. De igual forma, a valorização dessa carteira de acções e a variação do justo valor das propriedades de investimento, pela sua representatividade no activo, têm um impacto significativo na evolução desse rácio.

Factores sob observação

Na medida em que poderão influenciar a capacidade da GRUPO VISABEIRA SGPS honrar, atempadamente e na íntegra, os compromissos financeiros sujeitos a follow-up, a CPR manterá sob observação, entre outros, os seguintes aspectos:

- a capacidade de geração de fundos pela actividade operacional do Grupo, nomeadamente, a curto prazo, os impactos nesta capacidade da performance dos espaços comerciais do Palácio do Gelo Século XXI, da actividade do Grupo VAA e do investimento a realizar pelos operadores de telecomunicações;

- a definição do novo Plano de Investimento a médio e longo prazo;

- a manutenção da capacidade do Grupo em renovar e/ou obter novos financiamentos que sejam necessários à sua actividade operacional e para a realização dos seus investimentos, no contexto de crise económico-financeira actual, e a concretização das operações de reestruturação da dívida financeira que se encontram em curso;

- a evolução das taxas de juro e da cobertura deste risco, tendo em consideração a elevada proporção da dívida que se encontra a taxa variável e as condições dos principais swaps de taxa de juro contratados;

- a eventual cobertura do risco cambial associado às participadas que o Grupo detém em Moçambique e Angola;

- as consequências do eventual incumprimento da cobertura mínima proporcionada por activos penhorados exigida no âmbito dos programas de papel comercial contratados para o financiamento das acções adquiridas;

- a evolução da exposição a aplicações financeiras, nomeadamente a evolução da quantidade de acções detidas da Portugal Telecom, S.G.P.S., S.A., da ZON MULTIMÉDIA – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A, da EDP - Energias de Portugal, S.A. e do Banco Comercial Português, S.A., bem como de quaisquer outras que o Grupo venha a adquirir, da cotação das mesmas e dos respectivos dividendos a receber;

- a evolução da autonomia financeira consolidada da GRUPO VISABEIRA SGPS.






















































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