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O Negócios lançou um desafio a várias personalidades: um caso, uma experiência, um projecto que esteja contra a corrente da actual conjuntura. As respostas foram muitas e diversificadas, salientando aquilo que há de positivo no país. Veja aqui quais.



José Vieira da Silva
Ministro da Economia e Inovação

Quem percorre o país e conhece a realidade de quem trabalha com empenho, quem inova e corre riscos, dos que transformam com sucesso ambição em criação de riqueza e emprego, tem razões para olhar com esperança para o nosso futuro colectivo.
O investimento da Embraer em Portugal, ao longo dos próximos anos, reconhece as nossas capacidades internas e know how para participar nas fases mais avançadas da produção com maior grau de sofisticação tecnológica. O papel Navigator da Portucel demonstra que somos capazes de explorar bem os nossos recursos e produzir produtos premium líderes mundiais.

O caso da Vision Box que conseguiu levar ideias e conhecimento para o terreno da criação de riqueza desenvolvendo soluções tecnológicas pioneiras que estão hoje presentes nos mais importantes e modernos aeroportos internacionais. Mas refiro ainda a ambição e estratégia inovadora da empresa Panpor que exporta pastéis de nata para os vários cantos do mundo, incluindo a Austrália. E podia continuar a referir exemplos que nos surpreendem.
Nos próximos anos entrará no mercado de trabalho uma geração mais qualificada, mais aberta ao mundo, mais familiarizada com as novas tecnologias mais preparada para o futuro.

Também ela é uma razão para não desistir.

Eduardo Catroga
Economista

Sabemos que a última década foi a pior das últimas oito em termos de convergência real da economia portuguesa com as dos países mais desenvolvidos da Europa. No período de 1996-2001 perdemos uma oportunidade histórica de realizarmos uma consolidação orçamental de qualidade, executando uma política orçamental anti-cíclica e não, como aconteceu, ultra expansionista numa fase alta do crescimento económico. Como também foi um período de inacção estrutural a nível das políticas públicas estruturais determinantes do crescimento, competitividade e emprego.

No entanto, e apesar dos erros da política económica nos últimos quinze anos - responsáveis, em grande medida, pelas trajectórias insustentáveis da dívida pública (directa e indirecta) e da dívida externa do país -, o sector empresarial está dando sinais positivos de mudança da nossa estrutura produtiva a caminho de actividades de maior valor acrescentado.

No sector agrícola, é o caso dos segmentos da vinha, do olival (onde, a curto prazo, duplicaremos a produção passando de importador líquido de azeite a exportador), das culturas de regadio (alargadas com a barragem do Alqueva) e arvenses; na fileira de floresta no sentido do desenvolvimento de um “cluster” de maior valor acrescentado; as actividades da economia do mar merecerão um maior impulso, pois os projectos actuais (como a piscicultura) ainda são de reduzida dimensão.

Na indústria e serviços temos vindo a assistir a um “upgrading” dos sectores tradicionais, ainda que lento, e ao aparecimento de actividades ligadas às novas tecnologias (exs: ambiente, energia, biotecnologia, tecnologias de informação, etc.).

Noto também sinais positivos no desenvolvimento do empreendedorismo e da capacidade técnica (que se reflectiu num saldo positivo da chamada balança tecnológica), e na tendência, ainda que fraca, no aumento do conteúdo de inovação das nossas exportações, e da sua diversificação geográfica.

São exemplos de sinais encorajadores na mudança estrutural do nosso tecido produtivo. Só que não chegam. Importa reforçá-los a toda a velocidade.

É por isso que precisamos de uma nova política económica que focalize a alocação de recursos e de incentivos nos sectores dos bens e serviços transaccionáveis. Como? Através da reorientação do crédito bancário, dos apoios fiscais e financeiros, e dos fundos comunitários, para os projectos empresariais que permitam exportar mais, inovar mais, para os sectores determinantes da nossa competitividade externa.

Para tal, o Estado tem que deixar rapidamente de contribuir negativamente para a poupança e de encorajar a poupança privada, no sentido de duplicarmos pelo menos a taxa de poupança nacional bruta.

Temos em todos os sectores da economia empresas (micro, pequenas, médias e grandes empresas) que são exemplos de sucesso competitivo. Simplesmente, ao lado de empresas com elevada qualidade de gestão estratégica e operacional, temos ainda um maior universo de empresas com deficiências de competências de gestão, tecnológicas e de inovação.

O futuro da economia portuguesa vai depender da nossa capacidade em aumentar rapidamente o número de empresas com sucesso competitivo, e o empreendedorismo, através da criação de um ambiente e de políticas favoráveis a tal desígnio estratégico.


Pedro Gonçalves
CEO da Soares da Costa


É muito positivo que haja cada vez mais capacidade dos portugueses e empresas conseguirem internacionalizar-se e ultrapassar as dificuldades da economia.









Guilherme d’Oliveira Martins
Presidente do Tribunal de Contas

A criatividade dos mais jovens e as novas iniciativas da sociedade civil e dos sectores sociais constituem um forte alento para Portugal – desde as artes à economia, trata-se de combater o fatalismo do atraso!









João Amaral Tomaz,
Provedor do Crédito, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

A adesão crescente dos cidadãos à entrega de declarações fiscais por via electrónica ultrapassa as previsões mais optimistas e coloca a Administração Tributária no grupo dos países em que a desmateralização das declarações tem avançado de forma mais rápida e consistente.

A articulação entre a DGCI e a DGITA tem, neste domínio, sido particularmente bem sucedida. Trata-se de uma história de sucesso que teve início alguns anos antes do nascimento do Jornal de Negócios.



Miguel Barreto
Administrador da Home Energy e ex-Director Geral de Energia

Ao nível das energias renováveis e eficiência energética há várias boas notícias. Umas são sorte, outras resultam de visão e outras ainda são apenas o outro lado da moeda da crise que vivemos. A enorme quantidade de chuva que recebemos este Inverno baixou o preço grossista da energia e encheu as nossas albufeiras, aliviando bastante as contas apertadas do défice tarifário. Foi sorte. Em contra ciclo com a redução do investimento público está a construção e reforço de barragens.

A visão de desenvolver um Plano Nacional de Barragens e apostar em valorizar os nossos recursos, sem subsídios ou défices, foi vencedora e será uma importante ajuda para o país. Finalmente, ao fim de tantos anos de ineficiência energética e fortes aumentos das emissões de gases de efeito estufa, é uma boa notícia ver o consumo de electricidade a diminuir e os nossos objectivos de Quioto cada vez mais atingíveis. Não há dúvida que o aperto obriga a poupar, e que os novos hábitos tendem a perdurar. É só pena que esta poupança de energia e CO2 seja também a outra face do momento que atravessamos.

António de Sousa
Presidente da APB

O sistema multibanco português é um motivo de orgulho para todos nós. É um dos mais evoluídos a nível mundial e com maior taxa de cobertura por habitante. Mudou e tornou mais fácil a vida a todos nós. A sua grande acessibilidade e sofisticação permite realizar todo o tipo de operações bancárias e de pagamentos de serviços que não são possíveis na maioria dos países. É um exemplo do contributo da Banca portuguesa para o desenvolvimento do país.





Clara Guedes
Admnistrador-delegada da Queijo Saloio SA

Os desenvolvimentos de empresas e empresários portugueses na área das tecnologias. Foram desenvolvidos sistemas extremamente complexos e foi conseguido um nível de especialização muito alto, com elevada qualidade e fiabilidade que fez com que empresas portuguesas conseguissem assumir posições de relevo e de domínio em vários sectores. Julgo que são um exemplo a seguir. Acho que o caminho é o foco, a especialização e a criação de valor em “nichos globais”. É possível em muitas áreas e podemos ser excelentes.

Joaquim Pina Moura
Presidente da Iberdrola Portugal

Finalmente está-se a dar na sociedade portuguesa um sobressalto colectivo. Está-se a abrir um debate que questiona não só o caminho seguido até agora como convoca a inteligência e a vontade dos portugueses para enfrentarem os enormes desafios e dificuldades que a crise global nos está a colocar. Para isso, não chega a permanente invocação de um certo optimismo histórico nem a depressão de um pessimismo pouco esclarecido. Principalmente, não nos podemos ofender com a realidade quando ela não confirma ou desmente qualquer destes dois estados de espírito.



Agostinho Pereira de Miranda
Sócio presidente da sociedade de advogados Miranda, Correia, Amendoeira

Com um custo quase insignificante para o erário público, Portugal acolhe nas suas universidades cerca de 20.000 estudantes estrangeiros por ano.

São duas dezenas de milhar de jovens que ficam para sempre ligados ao nosso país através do melhor que uma comunidade lhes pode oferecer – educação, afecto, tolerância. São 20.000 embaixadores da nossa cultura e do nosso património. 20.000 potenciais compradores dos nossos produtos e serviços. 20.000 amigos de, pelo menos, outros tantos portugueses. Não é um custo – é um grande investimento!

P.S.: Infelizmente, “exportámos” um baixo número de estudantes portugueses para o estrangeiro. A percentagem de estudantes portugueses noutros países é de cerca de 5%, inferior à média europeia, que é de 8%. Um exemplo do que corre mal em Portugal ...

Nasser Sattar
Partner da PricewaterhouseCoopers

O futuro a Deus pertence, mas a história vai nos julgar pela forma como o traçamos. É com coragem, sacrificio e ambição que poderemos traçar o nosso destino, como outrora os nossos antepassados fizeram ao marcarem a nossa presença nos quatro cantos do Globo.
A nova fabrica do grupo Portucel/ Soporcel que o Pedro Queiroz Pereira e a sua equipa liderada por Jose Honório construiram é um acto de coragem para marcar o futuro e levar Portugal para os quatro cantos do Globo.


Ricardo Monteiro
Presidente da Euro RSCG Portugal e América Latina

Exerci funções na Finlândia, Suécia, Dinamarca, Noruega e França. Hoje trabalho no Brasil e supervisiono actividades em toda a América Latina. Sob minha responsabilidade está uma operação em Nova Iorque e duas mais em Madrid e Barcelona. Licenciei-me na Bélgica. Vivi na Espanha. Em nenhum desses países encontrei a coesão social, o sentido de unidade, a cultura, história e língua partilhadas que constituem uma nação com expressão mundial, um dos mais antigos países do mundo nas suas actuais fronteiras. Vivemos ao longo de muitos séculos momentos de afirmação, quando nascemos como país, de glória e expansão, quando metade do mundo era português, de reafirmação, quando nos libertámos do domínio espanhol, de dificuldades várias, nas invasões francesas, de re-encontros. com a revolução e com a descolonização. A Grécia arde, a Espanha está na rua. Portugal, apesar das dificuldades, dos sacrifícios, das dúvidas, vai continuar.

A revista "The Economist" desta semana contrasta as divisões espanholas com a união demonstrada pelos dois principais partidos políticos portugueses, o jornal Valor, no Brasil afirmou que os "portugueses resolveram trancar a crise, aumentando sua poupança e aceitando os sacrifícios". Entre 1985 e 95 crescemos a um ritmo coreano, juntámo-nos ao grupo de países mais desenvolvidos. Nos últimos 15 anos, perdemos o norte. Mas não se mede um país milenar por uma década e meia de hesitação. Um país, como sempre afirmei, não é uma marca. e ainda bem. Somos um povo, uma cultura, uma língua falada por mais de 250 milhões de pessoas. Ao contrário de uma marca, que pode desaparecer pelas forças de um mercado, um país, Portugal, sobreviverá por esse estar intangível que nos fez descobrir mundos, emigrar, misturar-nos, enriquecermo-nos com outros e aceitar as diferenças. Por isso afirmo, sem qulaquer sombra de dúvida, o que corre bem em Portugal, é Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa
Professor Universitário e comentador político

Um grande exemplo de sucesso nacional? A Federação de Bancos Alimentares contra a Fome, liderada por Isabel Jonet. E, mais em geral, o sector social, integrando IPSS e Misericórdias. Sem ele, esta crise seria bem mais penosa e sem esperança!

Parabéns e longa vida!








Luis Paulo Salvado
CEO da Novabase

Talvez por termos “dado novos mundos ao mundo” somos um povo multi-cultural, tolerante, que aceita e lida bem com as diferenças dos outros, quer sejam elas culturais, raciais, religiosas ou outras.

Talvez pela latitude do nosso País, o ADN dos nossos antepassados celtas, ou mesmo a nossa história de mais de 20 séculos, somos um povo adaptável, criativo e flexível.

Talvez porque quando trabalhamos em ecossistemas organizados, distinguimo-nos como trabalhadores esforçados, empenhados e disciplinados. E, dizem, muito fáceis de motivar.

A capacidade de trabalhar com todos, a capacidade criativa, de adaptação, o empenho, a motivação. São estas as características que nos distinguem e que nos diferenciam.

Estes são os nossos trunfos, importantes para as próximas décadas num mundo cada vez em maior mudança.

E aqueles que nos faltam não são difíceis de alcançar. Basta acreditarmos que é possível e lutarmos por desenvolvê-los. O mais difícil já temos. E é por isso que chegou a hora de nos tornarmos num “imenso Portugal”. Cá e não noutro sitio!



Mário Assis Ferreira
Presidente da Estoril Sol

Os portugueses são um povo bipolar: basta um êxito no futebol – ainda que relativo – para sermos os melhores do mundo; chega uma crise económica – sobretudo no próprio bolso – para afundarmos na descrença de sermos a cauda da civilização.

Nestas oscilações entre a inconsequência e o fatalismo, vai-se corroendo o ânimo e esvaziando a razão.

Até que a realidade nos obriga a acordar: tal como agora, em sobressaltado rebate, quando o despertador é accionado pela comunidade internacional; tal como sempre, em despertares mais serenos, quando das próprias fraquezas extraímos a redenção.

Como se, em Portugal, tudo fosse transitório, a começar pelas crises, a acabar na depressão.

E é esse o nosso segredo: o cansaço da própria angústia gera a semente da motivação.

Porque o português não é persistente, nem sequer na depressão!

P.S. E parabéns ao Jornal de Negócios, cuja diária persistência, ao longo de 7 anos, é uma honrosa excepção à regra.

António Câmara
Presidente da Ydreams

Portugal criou nas últimas duas décadas uma massa crítica de talento em investigação científica como nunca teve na sua história. Começa hoje a ter também uma massa crítica de empresas baseadas em conhecimento, um resultado dessa política.








Mário Ferreira
Presidente da Douro Azul

O crescimento do cultural e paisagístico.

A aposta crescente no turismo cultural, paisagístico, arquitectónico e gastronómico potenciou o aparecimento de vários projectos empresariais nessa área, tendo vindo a ter maior relevo e em particular os cruzeiros no rio douro, património da humanidade. O turismo de natureza está a crescer em Portugal, uma evolução que contribui para a preservação do património natural e o dá a conhecer.

Têm sido dados passos para mostrar Portugal como destino para os amantes da Natureza. Na realidade, as áreas protegidas ocupam 21% do território, um valor muito superior, por exemplo, ao de Espanha, com apenas 7%. Esta deve ser uma das apostas do País: um modelo de desenvolvimento que inclua as regiões mais distantes dos grandes centros, especialmente o Interior, tipicamente mais pobre, mas que têm um enorme leque de atracções para oferecer aos turistas durante todo ano, escapando assim à sazonalidade da oferta mais própria das regiões tradicionais. São projectos que permitem a criação de emprego e de riqueza, evitando a desertificação, e captando o interesse dos turistas mais exigentes.

Tiago Neiva de Oliveira
Presidente da Cabelte

Um claro exemplo de sucesso que anima e orgulha qualquer português é a Efacec, que mantém um percurso muito estruturado e com um crescimento sustentado extremamente bem conseguido. A empresa viveu na última década profundas alterações, em especial nos últimos seis anos, que permitiram a afirmação da mesma como um forte player mundial do sector. Com áreas de negócios variadas como os 3 sectores que a Efacec apresenta, qualquer empresa fica preparada para uma eventual crise que se possa abater sobre a empresa, país, ou área de negócio, pois varia entre Energia; Engenharia, Ambiente e Serviços; e Transportes e Logística, como áreas de actuação em que se baseia para desenvolver e promover sustentadamente os negócios que efectua.

A diversidade de mercados geográficos é também uma forte ajuda no que se refere a ameaças que possam surgir. Neste caso, a Efacec desenvolveu os seus esforços desde os EUA, à Índia, passando pela Europa, nomeadamente Península Ibérica, Magrebe e África Austral, e é graças aos 65 países onde está presente, que conseguiu em 2009 registar um volume de encomendas superior a 1.000 milhões de euros.


Desta forma, para 2010, a empresa continua a ser ambiciosa, prevendo-se que o volume de encomendas ultrapasse os 1.100 milhões de euros e o volume de vendas supere os 1.010 milhões de euros.

É também de louvar que a Efacec de 2007 a 2009 tenha gerado cerca de 500 novos postos de trabalho qualificados em Portugal e mais 450 no estrangeiro. Com uma forte aposta no capital humano da empresa, assume este activo como elemento verdadeiramente diferenciador da excelência do que faz.

É impossível não se realçar e registar com orgulho o desenvolvimento desta empresa que apesar dos momentos atípicos e conturbados que vivemos, consegue fruto duma linha de orientação muito determinada, alcançar o sucesso esperado e o retorno atinente para os seus accionistas.

João Miranda
Presidente da Frulact

Perante este sério momento de crise, que seguramente se arrastará longa e penosamente durante os próximos anos, surge um novo desígnio Nacional:

O aumento das exportações e a Internacionalização.

É neste contexto, que tenho sentido que há algo que começa a mudar na visão e discurso político: Não basta suportar e apoiar insistentemente os sectores das energias Renováveis, da Mobilidade, das Obras Publicas, das Tic’s, etc.

Uma nova constatação politica: Há “vida” para além destes sectores e mercados que estão na moda.

Há uma necessidade premente de dar apoio e suporte a outros sectores com potencial exportador ou de criação de valor, bem como, de explorar outros mercados para além dos inevitáveis e habituais, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Angola, etc.

Sectores tradicionais como a Agricultura, a Agro-indústria, e Agro-alimentar em geral onde se incluem as Pescas, bem como, as Industrias Criativas, e as actividades associadas ao mar, já entraram na agenda politica, com mensagens e alertas de sensibilização do Presidente da Republica.

Foi reconfortante escutar o nosso primeiro-ministro falar em França este mês, num discurso com o seu homologo Francês, do nosso Agro-alimentar, com segurança e confiança, credibilizando e dando visibilidade a este sector com forte potencial exportador.

Foi gratificante, ouvir semana passada, o nosso Ministro da Agricultura e Pescas, assumir em Belgrado, que Portugal será país “Partner” da International Agricultural Fair na Sérvia em 2011, implicando uma forte presença dos nossos produtos agrícolas e do Agro-alimentar, nesta que é a verdadeira base de aproximação a todos os Balcãs, com fortes ligações comerciais à Ucrânia, Rússia e Turquia.

O Portugalfoods, é hoje a plataforma de projecção internacional dos nossos produtos agrícolas, agro-industriais e do nosso agro-alimentar, com a qualidade e sofisticação, que sabemos que tem, mas que nunca até hoje foi explorado.

Definitivamente, este alinhamento político e este reconhecimento do Estado, permitirá criar estruturas necessárias, de suporte às actividades e ao potencial humano existente em Portugal, em sectores como as Industrias Criativas, ou então, no potencial infindável do nosso mar e do Agro-alimentar.

Este é o contraponto positivo à crise:

A redescoberta de sectores tradicionais, com forte potencial de criação de valor ou de internacionalização, ou reconhecimento de que, os grandes mercados, não são só aqueles em que o consumo é intensivo, mas sim, nos mercados emergentes, onde há um mix de risco e uma forte propensão ao crescimento.

Portugal é diferente, porque é “frendly” ,“adaptativo” e “simpático”, em qualquer parte do mundo. Preparemo-nos para ganhar este novo desígnio nacional, alargando os sectores de actividade e os mercados alvo.



Pedro Serra
Presidente da Águas de Portugal

Nos últimos anos, nos últimos meses, nos últimos dias mesmo, o País tem mudado para melhor no que respeita ao serviço público de abastecimento de água às populações e saneamento de águas residuais urbanas e RSU. Mais população servida, serviços de melhor qualidade e mais sustentáveis, água de excelente qualidade para consumo humano, águas interiores e águas balneares com qualidade, aproveitamento energético de subprodutos, são condição para a defesa do ambiente, o desenvolvimento harmonioso das populações e actividades económicas, a redução da nossa dependência externa e a defesa da saúde pública às quais nem sempre temos dado o devido valor – mas que estão aí para benefício das gerações futuras.

António Ramalho
Membro do Conselho de Administração Executivo do Millennium bcp

No dia do 7º aniversário do Jornal de Negócios poderia escolher como caso de sucesso o jornalismo económico português, nascido semanário, continuado diariamente em concorrência, sempre inovando em soluções multicanal de que é excelente exemplo o Negócios online. Mas seria elogio em casa alheia.

Poderia, pelo contrário, fazer a apologia do sistema de pagamentos português, modelo de negócio eficiente e de inegável qualidade internacional, capaz de criar instituições de dimensão europeia como a SIBS e a Unicre e de manter níveis de satisfação de clientes cada vez mais exigentes. Mas seria elogio em casa própria.

Prefiro falar da Clear Assessment Lda. Porque nem todos conhecem esta consultora de telecomunicações a operar em Loures e em Cascais. Porque não surge nas notícias, quem recorre ao microcrédito para o seu startup. Porque o Pedro e o Mário, como tantos outros neste “Millennium”, se recusaram a ficar desempregados e decidiram empreender.

Por isso quando eu fico a saber que a “Clear Assessment” criou 7 novos postos de trabalho, tantos quantos os bons anos que comemora o Jornal de Negócios, fico com a convicção que há elogios que enchem todas as casas, porque transformam ameaças em oportunidades. Parabéns.

António Pires de Lima
Presidente da Unicer

Um Serviço Nacional de Saúde que deixa a milhas equivalentes europeus e o americano, uma mortalidade infantil das mais baixas do mundo, redução assinalável das mortes na estrada, o melhor treinador de futebol que há, o jogador mais valioso de sempre, são apenas alguns exemplos de coisas boas que temos ou construímos. Nós Portugueses somos capazes e, com uma nova geração de políticos, vamos dar a volta à situação, sair da depressão e fazer de Portugal um país que volte a ser um orgulho para todos nós!

Shahryar Mazgani
Músico

Nunca houve em Portugal, como hoje, tanta possibilidade para as pessoas inventarem um caminho para si próprias, de se cumprirem, e de serem o que vieram ao mundo ser.


Luís Sáragga Leal

Presidente da Fundação PLMJ

Basta de fatalismos!

As épocas de crise são potenciadoras de saltos qualitativos. A generalidade dos portugueses tem condições – e acrescidas obrigações – de criarem casos de sucesso. Apostando na criatividade, especialização, eficiência e internacionalização.

Não se estranhe que, colectivamente, eleja o sector das artes plásticas. Um grupo alargado de artistas nacionais tem alcançado consagração internacional em várias capitais culturais do mundo ocidental contribuindo para uma imagem de prestígio do País. Sem apoios do Estado! ... Na senda do mítico grupo KWY em Paris nos anos 60 ...

Diogo Perestrelo
Sócio da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira

Como aspectos positivos na Economia Portuguesa da última década eu destacaria a confirmação da internacionalização de algumas empresas portuguesas verdadeiramente líderes e inovadoras nos seus sectores, tais como, entre muitas outras, a Galp, as duas EDPs, a PT, a Jeronimo Martins, o Grupo Pestana e a Mota Engil que lidera um bom grupo de empresas de construção já com alguma implantação internacional; os serviços excepcionais prestados pelos bancos portugueses em geral, ao nível do que melhor existe na Europa; a espectacular rede de infra estruturas rodoviárias que existe hoje em Portugal (apesar da dívida…) e às quais muitas vezes não damos o devido valor, incluindo nessa realidade as novas barragens, os novos hospitais e escolas em construção e/ou remodelação por esse País fora; o grande impulso na redução da factura energética nacional com a criação de uma industria de energias renováveis no País, que é hoje uma realidade; finalmente, o esforço, muitas vezes injustamente criticado, dos grandes escritórios de advocacia portugueses e ibéricos em crescerem e se desenvolverem, ajudando as empresas portuguesas e estrangeiras nos seus investimentos e dificuldades em Portugal, e que hoje têm uma qualidade e capacidade de resposta ao nível das melhores sociedades de advogados internacionais.

António Bagão Félix
Economista e ex-ministros das Finanças

Se, por absurdo, imaginarmos Portugal sem a acção das instituições de solidariedade social de inspiração cristã (e não só), perceberíamos o caos que tal poderia gerar na assistência e apoio a tanta gente pelo país fora.

Estas instituições têm sido a prova de que a sociedade sabe dar respostas humanas, próximas e eficazes na superação de dificuldades sociais. Certamente, umas melhores do que outras, certamente com erros a corrigir, mas realizando formas mais ajustadas de justiça não meramente contabilística, mas de justiça personalizada. Com alma. Protagonizando o princípio da subsidiariedade e agindo por conta da sociedade e não do Estado que não tem nem a competência emocional, nem a sabedoria afectiva imprescindíveis. A solidariedade não é uma técnica para ser glosada discursivamente, mas um valor inalienável da condição humana, um princípio social ordenador e um dever social.

Pena que, num tempo de forte mediatização, as boas práticas e as excelentes obras de tantos construtores da solidariedade não sejam notícia. Por isso, aqui fica a minha gratidão.

Jorge Coelho
CEO da Mota Engil

Os portugueses. O que de melhor tem o país são os cidadãos, que não desistem. Continuam a lutar. Não se resignam.









Pedro Lino
Administrador da Dif Broker

“Para um uma empresa que tem sucessivamente tido sucesso e que foi agora reconhecido é a Portugal Telecom. A oferta da telefónica demonstra isso mesmo, que a estratégia de investimento foi a correcta, que a administração da PT tinha razões para rejeitar a OPA lançada pelo grupo Sonae, e principalmente projecta Portugal como um país de verdadeira dimensão com empresas de sucesso e que hoje estão no top mundial.”

Rui Pena
Sénior Partner da Rui Pena, Arnaut e Associados

Apesar da descrença corrosiva que grassa na nossa sociedade e que tende a agravar a situação difícil em que nos encontramos saltaram-me desde logo várias situações que correspondem ao padrão de sucesso proposto no desafio.

Desde logo o Negócios que tem vindo a marcar um lugar cimeiro entre os jornais diários especializados, designadamente através da sua edição online que é de consulta obrigatória várias vezes ao dia.

Aliás é de informatização que quero falar e de um exemplo que considero dos mais relevantes em Portugal apesar da crítica que ainda se continua a ler e a ouvir aqui e ali.

Refiro-me à revolução operada no âmbito do Acesso ao Direito por parte dos cidadãos e das empresas, quer ao nível dos tribunais quer ao nível dos registos.

Nem tudo é cinzento no reino da Justiça.

Portugal pode orgulhar-se de ter conseguido nos últimos anos um nível de informatização neste sector que ultrapassa o dos países mais ricos e influentes na Europa como a Alemanha, a França, a Itália, a Bélgica ou a Holanda e nos coloca a par dos mais evoluídos como a Finlândia, a Áustria e a Dinamarca.

Só quem não verberava as montanhas de papel que jaziam nas prateleiras e no chão das secretarias judiciais, quem não perdia horas à procura de um processo ou quem tem medo de um sistema judicial mais transparente é que pode estar contra o “citius”. Os seus benefícios decorrido o primeiro ano são evidentes. É necessário no entanto que não se perca o impulso inicial, que algumas imperfeições sejam corrigidas e que o hardware seja modernizado para que o nosso sistema judicial seja efectivamente mais célere.

O mesmo se deve dizer dos registos. Tornaram-se amigos do cidadão, mais simples, mais rápidos e sem as complicações que nos enfastiavam.

Duas situações diferentes com uma mesma solução de sucesso.


Francisco Madelino
Presidente do Conselho Directivo do Instituto do Emprego e Formação Profissional


A notícia de crescimento homóloga de 1,7% de crescimento do PIB português, no primeiro trimestre do ano, é surpreendentemente positiva. Lembra-se que, de acordo com a Eurostat, as variações da zona Euro e da EU foram, respectivamente, de 0,5% e 0,3%. Quer nos dados de 2009 (onde decrescemos 2,7 contra - 4% na Europa), quer nos do início do ano, a economia portuguesa comporta-se melhor que a europeia, e melhor que o esperado.

A isto deve associar-se ainda dois projectos em curso fundamentais para a alteração da nossa especialização. Em primeiro lugar, o investimento em desenvolvimento da Embraer em Évora, que vai permitir o nascimento dum cluster aeronáutico em Portugal, assim como o investimento da GALP em Sines. Este último, no montante de 1,3 mil milhões de euros, prolonga-se até 2011, e vai reduzir a dependência do País de gasóleo e aumentar a sua capacidade exportadora. Estima-se que implicará uma redução do défice comercial em 400 milhões de Euros e uma consequente diminuição do seu saldo negativo entre os 7,5 e os 10%.

André Jordan
Andre Jordan Group

Estamos em negociações com importantes investidores estrangeiros nas áreas da hotelaria, do imobiliário e dos grandes equipamentos desportivos. Eles acreditam no futuro do sector do turismo em Portugal.





Xavier Rodríguez-Martín
CEO da ONI


Os investidores americanos continuam a ter interesse em investir em Portugal. Em Chicago, onde me encontro neste momento, tenho tido várias conversas em que me tem sido referido o interesse em continuar a investir no nosso país. De forma contrária à opinião generalizada, o interesse não se limita aos sectores tradicionais e inclui sectores de alta tecnologia desenvolvida em Portugal. A própria Riverside, accionista maioritário da Oni Communications, deverá aumentar ainda este ano a sua presença em Portugal com mais empresas a se juntar à Oni e à Crioestaminal.


Bernardo Bairrão
Administrador delegado da Media Capital

A evolução que se continua a verificar no mercado de produção audiovisual português em termos de quantidade e qualidade da sua produção, a internacionalização dos seus produtos e o desenvolvimento de know-how nacional em áreas de alguma complexidade tecnológica. Exemplos disso são, o nível da produção de ficção feito em Portugal e a aceitação cada vez maior nos mercados internacionais, bem como a percentagem desta produção que já é feita em HD (alta definição) e as primeiras experiências que se começam a fazer com tecnologia 3D.

Como resultado desta evolução, se forem dados os passos certos, Portugal pode vir a ser um dos primeiros países a ter televisão generalista em HD disponibilizada através da plataforma da Televisão Digital Terrestre.

António Saraiva
Presidente da CIP

Aceito o desafio de escrever sobre o que corre bem em Portugal porque dou o maior valor à Imprensa que, num momento como o que vivemos, pede depoimento sobre o lado bom das coisas em vez de pedir opiniões sobre as razões pelas quais as coisas estão a correr mal.

Por isso, o que corre bem em Portugal é haver Imprensa que está disposta a ajudar na recuperação da economia e na superação da crise financeira e de confiança.

O Jornal de Negócios é um bom exemplo de optimismo e de confiança.

Optimismo, com ponderação e tendo presente as circunstâncias actuais.

Confiança, com moderação e razoabilidade, atendendo a que a situação que se vive é particularmente difícil e as soluções não dependem só de nós mas também de factores externos que não dominamos.

O Jornal de Negócios é, portanto, um bom exemplo do que corre bem em Portugal.

Frederico Moreira Rato
Chairman da Reditus

O nosso País tem potencial para se afirmar como uma referência internacional no sector do outsourcing com recurso às tecnologias de informação e de processos. Portugal apresenta um vasto conjunto de vantagens, nomeadamente custos competitivos em relação ao espaço europeu, recursos humanos qualificados, redes de nova geração e integração na União Europeia e na zona euro. Estes factores fazem já hoje de Portugal um destino interessante para projectos e centros de competências a nível internacional, mas o seu caso necessita de ser comunicado e exponenciado.

Assim, o surgimento da Portugal Outsourcing, associação que pretende promover o sector e a sua competitividade no exterior, é uma das iniciativas a destacar hoje e para o futuro. Com o devido enquadramento, Portugal pode ter encontrado uma nova indústria de ponta na área dos serviços.

João Proença
Secretário geral da UGT

A aposta na qualificação dos portugueses é um desafio que há muito se coloca ao nosso País. Para além de uma efectiva melhoria dos níveis de escolaridade e de competências profissionais, que é essencial, o reconhecimento e a validação de competências que, por diversas vias e em vários contextos, foram sendo adquiridas pelos trabalhadores ao longo da vida afiguram-se-nos igualmente questões centrais, especialmente num contexto de fortes mudanças no trabalho.

Os Centros Novas Oportunidades têm vindo a ganhar um espaço importante, especialmente na melhoria da qualificação de adultos.

A UGT tem-se empenhado muito fortemente no desenvolvimento dos CNO, não só pela sua intervenção como parceiro social nas várias instâncias sobre formação em que participa, como também directamente por via da actividade desenvolvida pelo seu Centro de Formação.

Os CNO têm vindo a centrar-se, numa fase inicial, quase exclusivamente no reconhecimento de competências escolares, dando origem à atribuição de um diploma escolar de 9º ou 12º ano. Para a UGT, é imprescindível que os CNO passem agora a expandir a sua intervenção para o reconhecimento de competências profissionais e para respectiva atribuição de uma certificação profissional e não apenas escolar, assegurando efectivamente a valência da dupla certificação que se exige a este instrumento.

Pedro Norton
Vice-presidente da comissão executiva da Impresa

O país afunda-se? As principais instituições da República estão em crise? Há, apesar de tudo, uma pequena aldeia que resiste. Mais do que nunca, o Benfica é o Prozac da Nação.








Rui Miguel Nabeiro
Administrador da Delta

Ao longo dos anos Portugal tem vindo a mostrar que muito de bom aqui se tem feito.

Os pequenos detalhes existentes tornam o nosso país apetecível de descobrir.

O Turismo é um exemplo claro de sucesso nacional. O clima de excelência, a oferta diversificada e multiplicidade de sabores e aromas, colocam Portugal na rota do turismo internacional.

A Gastronomia, reconhecida e afamada, sustenta a beleza do nosso território, a par da excelente produção vitivinícola.

A qualidade dos vinhos e o investimento no Enoturismo são factores de desenvolvimento que mostram a extraordinária qualidade criativa e produtiva que aqui existe.

Todos estes aspectos devem ser promovidos. A promoção faz a diferença. Mas não só.

Uma produção, totalmente nacional, aporta também benefícios e aproxima os consumidores das marcas, e do seu país.

Perante este cenário precisamos acreditar mais nas nossas capacidades. Ter como referência os Casos de Sucesso que existem e enaltecê-los, pois Cultura de Sucesso atrai Sucesso.

Diogo Serras Lopes
Director de Investimento do banco BEST

Um dos problemas mais preocupantes da economia portuguesa – e, por arrasto, da nossa vida futura – é o excesso de dívida externa, tanto pública como privada. A internacionalização das empresas portuguesas, nomeadamente através da exportação de know-how e tecnologia com génese nacional é essencial para que a nossa balança externa possa ser mais equilibrada, sem que isso implique um ajustamento apenas através de uma diminuição das importações.

São muitos os exemplos de empresas nacionais que têm histórias de sucesso em termos externos, e a continuação / replicação desse sucesso é essencial para que a economia portuguesa ultrapasse da melhor forma as actuais dificuldades. Gostaria de realçar nomes como a Eface no campo da engenharia, a Logoplaste na área das embalagens ou a Novabase no sector das tecnologias de informação, como exemplos inspiradores para o nosso tecido empresarial.

Duarte Caldas
Analista da IG Markets

Há vários aspectos que se podem destacar em Portugal. Nomeadamente, Portugal não tem um sistema bancário fragmentado como tem a Espanha e as nossas instituições não têm a exposição ao sector imobiliário e a alavancagem que têm as instituições financeiras espanholas ou gregas. Além disso, Portugal, apesar de ter uma taxa de desemprego a 10%, não se compara com os 21% de Espanha.

Nuno Fernandes, gestor de activos da Triology Global Advisor
Gestora de “hedge funds” em Nova Iorque

O que é mais positivo é o capital humano e a capacidade dos portugueses em criarem empresas mesmo em períodos de inflação, como se vivei nos anos 80, ou agora perante a incompetência fiscal.

A capacidade dos portugueses continuarem a fazer negócios mesmo em contextos difíceis.

Destaco ainda o facto de ser um país com pessoas muito abertas ao exterior, com sentido de mundo e raízes noutros países que nos vem da história.

Ricardo Salgado
Presidente do BES

Quero felicitar-vos pelo vosso aniversário. O Jornal de Negócios tem tido um papel importante no desenvolvimento da informação económica e na formação dos portugueses sobre os assuntos complexos da economia. E felicito-vos também por mostrarem [nesta edição de aniversário] alguns

desses aspectos positivos. Os portugueses têm um grande sentido de autocrítica, com uma tendência muito grande de criticar o seu país e de realçar os aspectos negativos. É preciso valorizar mais os aspectos positivas de Portugal e da empresas portuguesas.