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Setor da "edtech" na China "desapareceu do dia para a noite" com mudança de regras de Pequim

Mão pesada nas tecnológicas, uma relação de "amor-ódio entre a China e as criptomoedas" e ainda um aumento dos investimentos em empresas no país. Este é o retrato que o "China Internet Report" traça do gigante asiático este ano.

Até quinta-feira, são esperadas 40 mil pessoas na Web Summit, um número abaixo do que era habitual antes da pandemia.
Mariline Alves
02 de Novembro de 2021 às 15:56
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No palco Venture da Web Summit, Edith Yeung, "general partner" da Race Capital, tentou condensar em 20 minutos o cenário da China no digital. 

Segundo Edith Yeung, os investimentos em startups no mercado chinês continuaram a aumentar este ano. De acordo com os números apresentados pela "general partner" da Race Capital, que constam do "China Internet Report" deste ano, só a Sequoia China "fez 96 investimentos no último trimestre". 

"Ou seja, se dividirmos esse número pelos 90 dias do trimestre, foi feito mais do que um investimento por dia", sublinhou. 

Este relatório não se debruça apenas sobre o mundo das startups na China e inclui também um olhar ao aumento da regulação por parte de Pequim. Além de mencionar o IPO do Ant Group, que caiu por terra no final do ano passado, Yeung recordou também as quedas em bolsa de empresas como a Meituan ou a Didi, que têm estado na mira do Governo chinês. 

"A questão das edtech [education technology] é um exemplo triste, que quase desapareceu do dia para a noite", desde que Pequim ditou que as empresas dedicadas à educação privada, como tecnológicas viradas para o apoio ao estudo, por exemplo, não podem ser empresas com lucros, recordou.

Já o setor das fintech na China está "mais aberto ao exterior", garantiu Yeung. "A realidade é que há mais marcas americanas que estão totalmente operacionais, com licenças para operar na China". 

De acordo com este relatório, a relevância de Hong Kong enquanto local para realização de IPO continuará ao longo deste ano. "Hong Kong é agora o destino dos IPO chineses, é o hot spot". Pelas contas deste relatório, os IPO feitos em Hong Kong já valem 35,3 mil milhões de dólares este ano.
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