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O adeus do Web Summit foi em dinamarquês. Para o ano há mais

No último dia do Web Summit foi conhecido o vencedor do "pitch", um dos momentos mais tradicionais do evento. O prémio vai para a Dinamarca. O regresso do Web Summit está já marcado: de 6 a 9 de Novembro de 2017.

Miguel Baltazar
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Ensinar crianças num infantário a programar? Como? A ambição da Kubo Robot, uma start-up dinamarquesa, é que as crianças possam aprender a programar desde tenra idade. Para mostrar o que fazem, vieram a Lisboa e estiveram no Web Summit. Participaram na competição dos "pitch" e chegaram à final. E das três finalistas, foi a Kubo que foi a que subiu ao palco na tarde desta quinta-feira para receber o prémio por ter feito o melhor "pitch".

Tommy Otzen é o CEO desta start-up escandinava e vai explicando aos jornalistas, em conferência de imprensa pouco depois de ter recebido o prémio, que é difícil "convencer os jovens que há alguma coisa que podem aprender" com a tecnologia. Por isso, "desenvolvemos um robô" que tem características que "faz com que seja possível ensinar crianças ainda no infantário a programar".

Acompanhado por outros dois elementos da empresa, Otzen conta que a start-up tem cerca de dois anos e não é a primeira vez que está nas andanças destes concursos. Mas, em outras ocasiões, as coisas não correram tão bem. "Na primeira ronda [na Web Summit em Lisboa] falámos com investidores, conhecemos novas pessoas e meios de comunicação que queriam fazer pequenas histórias connosco. Mesmo que tivéssemos perdido logo nessa primeira ronda teríamos beneficiado" por termos participado na competição, diz o líder da companhia em resposta a uma questão.

O caminho desta start-up começou a ser desenhado na universidade. Os passos seguintes passaram por patentear a solução e entrar para um programa de aceleração no qual receberam algum financiamento. Recentemente, obtiveram mais financiamento através de um fundo apoiado pelo governo dinamarquês. O dinheiro, conta Otzen, deve dar para suportar o próximo ano. Depois de Lisboa, e com um cheque de 100 mil euros (quanto ganharam no concurso), estes jovens dinamarqueses estão de partida na próxima semana para Silicon Valley para tentar arranjar parcerias para entrar no mercado norte-americano da educação.

De partida, mas de Lisboa, está o Web Summit. O concurso de "pitch" desta quinta-feira foi o penúltimo acontecimento do último dia da edição de 2016 do evento. Estiveram em Lisboa mais de 53 mil pessoas. Para Paddy Cosgrave, co-fundador e CEO do Web Summit, o balanço destes dias é muito positivo.


"Quando começámos, com 400 pessoas, a ideia de duplicar de tamanho era ambiciosa, mas fomos capazes de o fazer", referiu Cosgrave. "Mas há limites máximos. Não penso que tenhamos condições de competir com o Papa nos próximos tempos em termos de escala de evento".


No entanto, assegura, "há muito espaço de crescimento, nestas instalações que foram construídas para a Expo. Não estamos a usar todas as instalações. Vamos usar mais no próximo ano".

O CEO do Web Summit salientou ainda que o evento proporciona "um estímulo económico directo" na cidade, durante uma semana. Antes do arranque do certame, a estimativa era que o impacto directo do evento ascendesse a 200 milhões de euros. Quanto aos efeitos mais duradouros, "têm de ser avaliados num período de tempo mais alargado, de 5 a 10 anos", acrescentou.

O Web Summit regressa a Lisboa no próximo ano. O evento vai realizar-se de 6 a 9 de Novembro.

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