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Mexia: "Temos muito dinheiro para investir" em start-ups "se ideias forem boas"

O CEO  da EDP alerta que o sector está no meio de uma revolução e a internet da energia é uma das novas realidades.  E poderia ajudar a responder de forma mais rápida a eventuais problemas causados por tempestades, por exemplo.

Carlos Rodrigues/WebSummit
06 de Novembro de 2018 às 17:14
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A EDP tem 45 milhões de euros para investir em start-ups. E não tem problemas em aumentar o budget para apoiar ideias que considere inovadoras principalmente nas áreas de inteligência artificial, machine learning e robotics. 

 

"Estamos aqui no meio de uma revolução e precisamos de parceiros para esta revolução, que vai desde gestão de activos até à relação com os clientes", começou por explicar António Mexia, presidente executivo da EDP no Web Summit.

 

O gestor, que falava no espaço da eléctrica na cimeira que decorre ate quinta-feira, explicou que esta revolução "começou com as renováveis,  onde nós demonstrámos ser líderes: somos o número três a nível mundial. E do ponto de vista de atracção de start-ups  e de venture capital,  somos indiscutivelmente a companhia portuguesa que mais cedo e com maior volume de dinheiro apostou nessas áreas. E começámos há algum tempo. Já temos muitos programas com start-ups", sustentou.

 

O que leva então a EDP a estar presente no Web Summit? "Viemos à procura de empresas para fazerem esta viagem connosco. O Web Summit permite-nos fazer isto de uma forma mais alargada. Temos muito dinheiro para investir se as ideias forem boas", respondeu.

 

A EDP está aberta a ouvir todo tipo de ideias que sejam uma mais-valia para o sector da energia. Mas tem como prioridade projectos na área de "inteligência artificial, machine learning e robotics. Ou seja, tudo aquilo que tenha a ver com energia num mundo em que se tem cruzado a internet das coisas, com as novas linhas de comunicação  e informação naquilo que se chama a internet da energia. Há uma realidade que as pessoas têm de perceber que é a internet da energia", alertou.

 

Na prática, a internet da energia está relacionada com as chamadas redes inteligentes que passam pela introdução de mais informação para o cliente final de modo a permitir reduzir custos, sendo mais eficiente no consumo de energia. Para o lado dos produtores, a vantagem da internet da energia pode passar pela redução de custos. "Se se conseguir minimizar perdas nos parques solares e eólicos,  optimizando as redes, também estou a tornar a energia cada vez mais eficiente", exemplificou António Mexia.

 

O CEO da EDP referiu ainda que a empresa, através da EDP Distribuição, "tem feito um investimento muito significativo do ponto de vista da introdução daquilo que são os contadores inteligentes, mas também no que tem a ver com a comunicação da rede dos pontos de gestão de maneira a que seja mais rápido detectar problemas e responder de uma forma mais rápida em alguns momentos. Como nesta última tempestade", apontou, referindo-se à tempestade Leslie que no mês passado atingiu principalmente a zona centro do país  tendo deixado várias casas sem electricidade. Com redes inteligentes "a recuperação seria mais fácil porque tenho mais informação. Nós já estamos a fazer esse caminho", concluiu.

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