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Economia azul: CEO da Startup Portugal realça urgência em atrair investidores privados

António Dias Martins lembrou que esta é uma área essencial para o "futuro da espécie humana", na qual Portugal é um dos países líder que está de facto a tomar ações.

03 de Novembro de 2022 às 12:10
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Numa conferência dedicada às oportunidades que a economia azul traz para as startups, o CEO da Startup Portugal afirmou que Portugal é referência na economia azul. "Somos um dos países líderes que estão de facto a tomar ações concretas para colocar a economia azul no centro", disse António Dias Martins. 

A título de exemplo, o responsável lembrou que a segunda Conferência dos Oceanos das Nações Unidas teve lugar em Lisboa. 

Questionado sobre quais as áreas da economia azul mais propensas a crescer nos próximos anos, o responsável pela Startup Portugal apontou três áreas. "A produção de materiais reciclados através de materiais do mar, o financiamento para projetos da economia azul e a recolha e processamento de dados do fundo do mar". 

Já o grande problema é mesmo tornar a área financeiramente sustentável. "Queremos tornar esta área sustentável em termos de investimento, caso nao consigamos atrair capital privado. Atualmente, o dinheiro público é importante, mas não será sustentável como negócio se não atrairmos investidores privados", garantiu António Dias Martins, acrescentando que Portugal está dedicado a fazer tudo o que puder para inover e fazer bons projetos e mostrá-los a investidores. 

"Diria ainda que há um segundo desafio, que é levar a economia azul às universidades e futuros entrepeneurs, devemos fazer o roadshow da blue economy pelas universidades", continuou. 

Numa nota final, o CEO da Startup Portugal assinalou que a economia azul é essencial para o "futuro da espécie humana". "Podemos fazer isto ao mesmo tempo que beneficiamos em termos financeiros, mas para isto, precisamos de ser criativos. Temos de reunir com grandes investidores privados e empresas com fundos privados para alocar neste tipo de projetos", concluiu.

O primeiro-ministro português já tinha assumido na segunda conferência dos oceanos da ONU, que teve lugar em Lisboa, a meta de duplicar o número de startups portuguesas na economia azul, apontado que esta é uma área central na estratégia de desenvolvimento do país.
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