Mark MacGann, denunciante dos "Uber Files" justificou, durante a Web Summit, que um dos fatores que o levou a divulgar os mais de 124 mil ficheiros ao Guardian foi o facto de se "estar a perder a democracia".

Era importante" trazer conhecimento às pessoas" e transmitir a necessidade da existência de "regulamentação", indicou.

"Os taxistas estavam em greves, as pessoas estavam zangadas e eu estava na linha da frente por isso recebi muitas ameaças", revelou. "Alguns dos meus colegas estavam a ser presos e não era a mensagem que queriaiamos transmitir".

Mark MacGann confessou ainda que quando passou os documentos ao diário britânico não tinha a certeza "se o conteúdo seria interessante, se haver interesse do público".

O ex-estratega da Uber para a Europa, África e Médio Oriente, que trabalhou durante anos para a empresa, identificou-se em como a fonte que enviou ao Guardian mais de 124 mil documentos da empresa, inclusive mensagens de texto.

Os arquivos expostos mostravam que a Uber teve ao longo dos anos várias atitudes ilegais, incitando inclusivamente a violência entre taxistas.

* Editado por Leonor Mateus Ferreira