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Turistrela anuncia ter investidores para teleférico de 70 milhões na serra da Estrela

O projeto contempla dois acessos à Torre, a partir da Nave de Santo António, no concelho da Covilhã, e da Lagoa Comprida, em Seia, dois traçados por via aérea que vão "resolver o problema das acessibilidades à Torre".

DR
13 de Maio de 2024 às 23:34
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O administrador da Turistrela, Artur Costa Pais, anunciou esta segunda-feira ter um consórcio interessado em investir 70 milhões de euros na instalação de um teleférico de acesso à Torre, na serra da Estrela.

Durante a Assembleia Municipal da Covilhã, para a qual foi convidado, o responsável pela empresa concessionária do turismo na serra da Estrela informou ter apresentado há um mês ao presidente do município o Projeto de Mobilidade e desafiou as várias entidades a ajudarem a concretizar a intenção manifestada ao longo dos anos.

Segundo Artur Costa Pais, a ideia está "bem trabalhada", mas adiantou que não vai dar "passos mais ambiciosos", porque a elaboração de um projeto de arquitetura desta natureza pode ultrapassar um milhão de euros e considerou que "não deve ser liderado por uma única entidade".

O projeto contempla dois acessos à Torre, a partir da Nave de Santo António, no concelho da Covilhã, e da Lagoa Comprida, em Seia, dois traçados por via aérea que vão "resolver o problema das acessibilidades à Torre".

Artur Costa Pais frisou que as pessoas interessadas em investir são pessoas "com provas dadas" e "grande experiência", que já têm o que afirmou ser o maior teleférico da Península Ibérica, em Santander, Espanha, com uma extensão de cinco quilómetros.

"Temos soluções financeiras, o que é muito importante", realçou o empresário, que sublinhou não se tratar de um projeto da Turistrela, mas da serra da Estrela, e uma solução para "resolver o grande problema da serra da Estrela".

O administrador da Turistrela salientou que a maioria dos visitantes vai embora descontente, porque não tem estacionamento ou acesso à Torre e acrescentou que "não há destino" se quem se deslocar à montanha "não for bem tratado".

Artur Costa Pais apelou para que se crie uma Comissão de Acompanhamento, com os municípios da Covilhã e Seia, dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, e considerou que "com este projeto se resolve o problema ambiental e o problema da credibilidade dos acessos à Torre".

"Juntem-se todos. Nós não queremos liderar nada. Eu quero é que se faça. Os grandes projetos na serra estão por acontecer", enfatizou Artur Costa Pais.

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, respondeu existir empenho para que o projeto vingue, embora tenha reforçado que "é preciso diversificar, dar-lhe mais rigor a todos os níveis".

Em resposta a críticas do empresário, que apontou o dedo ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), por não lhe aprovar projetos, a diretora regional, Fátima Reis, respondeu que o organismo não aprova ideias, sem projetos ou anteprojetos, e adiantou ter sido mostrada formalmente "concordância em termos conceptuais", mas acrescentou que o projeto precisa "ser amadurecido" e mencionar, nomeadamente, "onde são as estruturas de apoio".

"O ICNF deixa [aprovar], desde que sejam projetos credíveis e com alguma preocupação em termos ambientais", referiu Fátima Reis.
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