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Turismo fecha 2021 com as receitas mais baixas dos últimos sete anos

No ano passado, as receitas totais foram de 2,3 mil milhões no setor do Turismo. É necessário recuar a 2014 para encontrar valores mais baixos. Também o número de dormidas foi o mais baixo dos últimos 11 anos.

Depois de dois anos de pandemia, o caminho a percorrer ainda será longo.
Mariline Alves
14 de Fevereiro de 2022 às 12:28
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Em 2021, as receitas totais no setor do Turismo atingiram os 2,3 mil milhões de euros, tendo sido registada uma queda de 45,7% face aos valores de 2019, antes da pandemia. A maioria das receitas totais é suportada com os proveitos das dormidas, que se fixaram em 1,8 mil milhões de euros, menos 45,8% face a 2019.


Apesar de uma recuperação face a 2020, é necessário recuar até 2014 para se encontrar, no setor do Turismo, valores de receitas inferiores às registadas em 2021. Nesse ano os proveitos totais foram de 2,3 mil milhões de euros e de 1,6 mil milhões de euros relativos a aposento. Estas são apenas algumas das conclusões dos dados preliminares divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).


Face a 2019, antes da pandemia, as maiores quedas nas receitas totais foram sentidos na Área Metropolitana de Lisboa, que de 1.372,2 milhões de euros em 2019 passou para 504,5 milhões de euros. No reverso, a região do Alentejo foi onde as receitas menos caíram, passando dos 175 milhões de euros em 2019 para os 154,3 milhões de euros em 2021, segundo os números do INE.   


A quebra nas receitas é acompanhada, sem surpresas, por uma forte redução do número de hóspedes. No total, em 2021, registaram-se 14,5 milhões de hóspedes e 37,5 milhões de dormidas. E, excluindo 2020, é preciso recuar a 2010 para se encontrar um número inferior de dormidas, quando se registaram 37,4 milhões de dormidas.


Os dados agora conhecidos mostram, também, que a pandemia não afetou apenas o nível das receitas e o número de turistas. De acordo com o INE, em 2021, houve "uma distribuição mensal dos resultados diferente do padrão sazonal característico". Ou seja, no ano passado, "contrariamente ao habitual, não foram os meses de verão (julho a setembro) mas sim os meses de agosto a outubro que registaram maior número de dormidas, com 49,6% das dormidas totais", lê-se no boletim do INE.


No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, no ano passado, o rendimento médio por quarto disponível atingiu 32,5 euros quando, em 2019 este valor era de 49,4 euros. O rendimento médio por quarto ocupado fixou-se em 88 euros.


Quebra de dormidas nos residentes menos acentuadas


As dormidas de residentes, que representaram 52,9% do total de dormidas registadas em 2021, atingiram 22,6 milhões e aumentaram 34,1% face a 2020. As dormidas de não residentes cresceram 50% e atingiram 20,1 milhões.


Comparando com 2019, no total, as dormidas caíram em 45,1% sendo que a maior redução foi entre os turistas estrangeiros, que registaram uma queda de 61,1% face aos níveis antes da pandemia. A redução foi menos severa, de 13,4%, entre as dormidas registadas nos turistas residentes.

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