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Turismo acentuou quebra em novembro. Receitas caíram 80%
Quase metade dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.
O setor do alojamento turístico registou quebras próximas de 80% em novembro, tanto nos hóspedes, como nas dormidas e sobretudo nas receitas. Neste mês, quase metade dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.
Em novembro, registaram-se 407,1 mil hóspedes e 940,2 mil dormidas, correspondendo a variações de -76,8% e -76,9%, respetivamente (-60,1% e -63,6% em outubro, pela mesma ordem).
Os proveitos totais registaram uma variação de -79,5% (-68,2% em outubro) e atingiram 47,1 milhões de euros. No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 56,8 euros em novembro, o que se traduziu num decréscimo de 19,5% (-18,9% em outubro).
No mesmo mês, 46,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (33,4% em outubro). A hotelaria, que pesa quase três quartos do total dos alojamentos, foi a que viu uma queda mais acentuada nas dormidas, de 79,4%. Já os apartamentos de alojamento local desceram 66,1% e o turismo no espaço rural e de habitação recuou 53,6%.
Estes dados foram partilhados esta sexta-feira, 15 de janeiro, pelo Instituto Nacional de Estatística.
Principais mercados quebram mais de 90%
Sem surpresa, foram as dormidas de não residentes que mais recuaram – 85,5%, face à quebra de 76,7% de outubro -, mas as dormidas de residentes também diminuíram em 58,8%, quando em outubro só haviam cedido 22,2%. No conjunto dos primeiros onze meses do ano, verificou-se uma diminuição de 62,5% das dormidas totais, resultante de variações de -34,1% nos residentes e de -74,5% nos não residentes.
Em novembro, as maiores reduções registaram-se nos mercados chinês (-96,6%) norte americano (-95,4%), canadiano (-95,1%), dinamarquês (-93,8%) e brasileiro (-91,5%). Desde o início do ano, "todos os principais mercados registaram decréscimos expressivos", isto é, superiores a 60%, com maior enfoque nos mercados irlandês (-89,7%), norte americano (-87,4%) e chinês (-81,9%).
Olhando às regiões, as que notaram quebras mais leves foram o Alentejo e os Açores, apesar de, ainda assim, terem tido menos de metade das dormidas. A área metropolitana de Lisboa, o Norte e o Algarve viram os maiores deslizes, mas também foram os que concentraram mais dormidas.
(Notícia em atualização)