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Turismo acentuou quebra em novembro. Receitas caíram 80%

Quase metade dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.

Portugal recebeu cerca de 10 milhões de hóspedes em 2020.
João Cortesão
15 de Janeiro de 2021 às 11:17
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O setor do alojamento turístico registou quebras próximas de 80% em novembro, tanto nos hóspedes, como nas dormidas e sobretudo nas receitas. Neste mês, quase metade dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.

Em novembro, registaram-se 407,1 mil hóspedes e 940,2 mil dormidas, correspondendo a variações de -76,8% e -76,9%, respetivamente (-60,1% e -63,6% em outubro, pela mesma ordem).

Os proveitos totais registaram uma variação de -79,5% (-68,2% em outubro) e atingiram 47,1 milhões de euros. No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 56,8 euros em novembro, o que se traduziu num decréscimo de 19,5% (-18,9% em outubro).

No mesmo mês, 46,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (33,4% em outubro). A hotelaria, que pesa quase três quartos do total dos alojamentos, foi a que viu uma queda mais acentuada nas dormidas, de 79,4%. Já os apartamentos de alojamento local desceram 66,1% e o turismo no espaço rural e de habitação recuou 53,6%.

Estes dados foram partilhados esta sexta-feira, 15 de janeiro, pelo Instituto Nacional de Estatística.

Principais mercados quebram mais de 90%

Sem surpresa, foram as dormidas de não residentes que mais recuaram – 85,5%, face à quebra de 76,7% de outubro -, mas as dormidas de residentes também diminuíram em 58,8%, quando em outubro só haviam cedido 22,2%. No conjunto dos primeiros onze meses do ano, verificou-se uma diminuição de 62,5% das dormidas totais, resultante de variações de -34,1% nos residentes e de -74,5% nos não residentes.

Em novembro, as maiores reduções registaram-se nos mercados chinês (-96,6%) norte americano (-95,4%), canadiano (-95,1%), dinamarquês (-93,8%) e brasileiro (-91,5%). Desde o início do ano, "todos os principais mercados registaram decréscimos expressivos", isto é, superiores a 60%, com maior enfoque nos mercados irlandês (-89,7%), norte americano (-87,4%) e chinês (-81,9%).

Olhando às regiões, as que notaram quebras mais leves foram o Alentejo e os Açores, apesar de, ainda assim, terem tido menos de metade das dormidas. A área metropolitana de Lisboa, o Norte e o Algarve viram os maiores deslizes, mas também foram os que concentraram mais dormidas.

 

(Notícia em atualização)

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