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Processo aponta falhas à Carnival na proteção da saúde de passageiros a bordo de cruzeiro

Os documentos de um processo movido contra a empresa Carnival Corporation aponta que, apesar dos avisos da médica sobre o vírus, a empresa não terá feito os esforços necessários para proteger a saúde dos passageiros a bordo de um cruzeiro em fevereiro de 2020.

EPA
30 de Agosto de 2021 às 10:51
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A Carnival Corporation não terá feito os esforços necessários para proteger os passageiros a bordo de um cruzeiro do coronavírus, aponta um processo apresentado num tribunal dos Estados Unidos. Segundo o jornal Financial Times, o processo aponta falhas à empresa de cruzeiros que, apesar dos alertas da médica presente no cruzeiro, não terá feito alterações aos protocolos.

A médica Nadia Nair, que estava presente no cruzeiro Grand Pricess, que viajou de São Francisco até ao México em fevereiro de 2020, terá lançado o alerta sobre um aumento "preocupante" de casos de uma "doença semelhante à influenza" a bordo. Segundo os registos do processo, esta profissional de saúde terá requerido aos responsáveis do cruzeiro que "quaisquer medidas adicionais fossem implementadas".

Apesar do aviso e dos alertas emitidos também pelas autoridades de saúde internacionais e pelos Estados Unidos, não terão sido feitas alterações aos protocolos, eventos ou mesmo regimes de limpeza para prevenir a propagação da covid-19, apontam os documentos apresentados. A empresa está a ser alvo de uma ação coletiva, movida por 50 passageiros.

Nessa viagem, que partiu de São Francisco, nos EUA, a 21 de fevereiro de 2020, mais de 100 passageiros e tripulação testaram positivo à covid-19.

Segundo o FT, a empresa não tece comentários sobre a ação, mas frisa que "foi implementado um conjunto de protocolos que foram criados para se adaptarem às necessidades em mudança da situação relativa à covid-19.

"Antes desta pandemia começar, a Carnival sabia que os seus cruzeiros estavam em sério risco de contágio de doenças contagiosas motais. Como alegamos no processo, a Carnival ignorou os sinais óbvios de que estava a pôr os passageiros em risco", afirma o advogado Mark Chalos, da Lieff Cabraser Heimann & Bernstein, que representa os queixosos.

Vários dos cruzeiros da companhia estiveram envolvidos em episódios de surtos no início da pandemia. A empresa viu mesmo 2.670 passageiros a bordo do Diamond Pricess ficarem em quarentena na costa do Japão. Deste surto foram contabilizados mais de 700 casos e 14 mortes.
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