Notícia
Gaia promete lutar contra a expulsão dos barcos-hotel
A Câmara de Vila Nova de Gaia desmente que esteja de acordo com a saída dos barcos-hotel da sua margem ribeirinha, prometendo que "lutará para que isto não aconteça".
Os municípios de Gaia, Porto, Gondomar e Feira validaram o projecto de investimento no cais da Lixa, em Gondomar, capacitando-o para a atracagem de grandes embarcações turísticas. E o presidente da Câmara do Porto até se congratulou com o facto de os municípios terem chegado a acordo "em coisas que sempre os dividiram", mostrando-se satisfeito por ver, assim, resolvido o problema do Porto e de Gaia "terem as suas margens emparedadas".
Resultado: o "JN" publica na sua edição de hoje, 30 de Julho, um trabalho intitulado "Barcos-hotel vão deixar Porto e Gaia".
Apesar da existência do projecto para o cais da Lixa e das declarações de Rui Moreira, a autarquia gaiense garante que a notícia do JN "não reflecte, de forma alguma, os interesses de Vila Nova de Gaia, nem tão pouco aqueles que são os objectivos da Câmara Municipal".
A autarquia gaiense argumenta que o projecto para a Lixa faz parte de um estudo
intermunicipal de valorização das margens do rio Douro, "que prevê múltiplas hipóteses de revitalização desta orla", mas que "não faz qualquer sentido" nem é sua "vontade de fazer sair os barcos-hotel da sua margem ribeirinha".
"Se, por um lado, é importante ter uma correcta organização do espaço – o que é fundamental e tem sido articulado entre este executivo, os operadores turísticos do sector e a APDL [Porto de Leixões] –, por outro lado, não faz qualquer sentido deslocalizar esta importante actividade económica, que representa centenas de postos de trabalho e uma forte dinamização da economia da região", lê-se num comunicado da Câmara de Gaia enviado às redacções.
Classificando então como "falsa" a intenção de retirar os barcos-hotel do seu município, a Câmara de Gaia promete que "lutará para que isto não aconteça. E certamente não acontecerá", conclui.