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EUA já são o terceiro país com mais turistas em Portugal

Desde o início do ano que o número de turistas norte-americanos tem vindo a crescer de forma expressiva. Em julho, só espanhóis e britânicos ultrapassam o número de hóspedes dos EUA em Portugal.

O estudo da EY, encomendado pela Confederação do Turismo, alerta para a perda de turistas estrangeiros se for adotada a solução de Alcochete.
Sérgio Lemos
31 de Agosto de 2022 às 11:47
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O mercado norte-americano está em expansão em Portugal no setor do turismo. Entre o total de 1,8 milhões de hóspedes estrangeiros que em julho procuraram Portugal para turismo, os dos Estados Unidos (EUA) já ocupam a terceira posição da tabela, ultrapassando mercados relevantes como França ou o Brasil.

Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística revelam que no mês passado houve 183 mil hóspedes americanos em Portugal, havendo uma tendência de crescimento constante desde o início do ano. Em abril, por exemplo, houve menos 70 mil americanos a procurar terras lusas para o turismo.


A subida destes hóspedes reflete-se no aumento expressivo do número de dormidas. Segundo o INE, o mercado norte americano, que já conta com uma quota de 7,6%, "continuou a destacar-se, com um crescimento de 35,9% em julho, quando comparado com o mesmo mês de 2019".


O aumento da procura de americanos por Portugal já se arrasta desde o ano passado. Em 2021, houve um total de 294,6 mil americanos a fazer turismo no país, com o número a traduzir um aumento de 122,2% face aos níveis de 2020, quando eram 132,6 mil, revelam os dados do INE.


Entre os turistas estrangeiros que procuraram terras lusas em 2021, foram precisamente os americanos que tiveram a maior subida face a 2020.


Em julho deste ano, entre os 17 países emissores de turistas, continuam a ser os espanhóis que mais procuram Portugal, com mais de 285 mil hóspedes, logo seguidos dos britânicos com mais de 246 mil turistas.   


Os alemães foram os únicos a registar uma queda em julho, com 141 mil turistas. Menos cerca de 17 mil hóspedes face a junho.

 


Número de hóspedes supera níveis de 2019


No total, no mês passado, entre turistas portugueses e estrangeiros o alojamento turístico registou três milhões de hóspedes e 8,6 milhões de dormidas. Os números traduzem aumentos de 6,3% e 4,8%, respetivamente, face a julho de 2019, revelam ainda os dados do INE.


Entre as dormidas, a maior subida foi registada entre os turistas estrangeiros com um total de 5,7 milhões, atingindo "o mesmo nível de 2019". Já as estadias dos portugueses, em julho, foram de 2,9 milhões, ficando 15,8% acima dos números de 2019.  


Nos vários tipos de alojamento, os hotéis registaram 4.9 milhões de dormidas, ficando 4,6% acima de julho de 2019, aponta o INE. O alojamento local com pouco mais de 1.2 milhões de dormidas caiu 0,8%, quando comparado com julho de 2019, o espaço rural e de habitação subiu 35,7% nas estadias face ao mesmo período de 2019, antes da pandemia.


Face a julho de 2019, as estadias de espanhóis aumentaram 2,3% enquanto as dormidas de hóspedes alemães reduziram 4,7%.


Destacam-se ainda os aumentos registados pelos mercados checo 63%, romeno com mais 30,7% e o dinamarquês subindo 18,7%.

As maiores quedas verificaram-se nos mercados brasileiro com menos 26,2% e no sueco com menos 9,5%, face a julho de 2019, de acordo com os números do INE.

 


Estadias no Algarve abaixo de 2019


Em julho, registaram-se aumentos das estadias em todas as regiões do país face a 2019, à exceção do Algarve com menos 4,5%.

Segundo os números do INE, em julho, o Algarve concentrou 33,1% das dormidas, seguindo-se a região de Lisboa (22,7%), o Norte (15,6%), a Madeira (10,5%) e o Centro (10%).


Comparando com julho de 2019, "os aumentos mais expressivos ocorreram na Madeira (+21%), Norte (+14,9%) e Centro (+10,6%)", diz o INE.


Os dados revelam ainda que em julho, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico para 2,85 noites, uma subida de 2,5%, à boleia dos turistas estrangeiros, com uma média de 3,15 noites, mais 0,2%. Já a estada média dos portugueses foi de 2,40 noites, caindo 6,6%.  e a dos não residentes (3,15 noites) aumentou 0,2%.


A Madeira o Algarve foram as regiões onde as estadas médias atingiram os valores mais elevados: 4,92 e 4,28 noites, respetivamente.

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