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Booking.com sob investigação por evasão fiscal no valor de 150 milhões
O site de reservas de hotéis e alojamentos Booking.com é suspeito de ter ocultado mais de 150 milhões de euros em IVA, após uma investigação realizada pelas autoridades fiscais de Génova, foi hoje divulgado.
10 de Junho de 2021 às 15:45
O Booking.com, um dos maiores sites mundiais de reservas de hotéis e alojamento para férias, com sede na Holanda, "falhou ao aplicar o imposto sobre a intermediação do aluguer de casas particulares e quartos de hóspedes", afirmou a autoridade fiscal italiana em comunicado.
A investigação, que abrangeu os anos de 2013 a 2019, "revelou uma evasão fiscal em grande escala, de mais de 150 milhões de euros no pagamento do IVA", prosseguiu.
O site confirmou ter recebido o relatório da auditoria da polícia fiscal e comprometeu-se a cooperar plenamente com as autoridades fiscais italianas".
"Em conformidade com a legislação europeia aplicável sobre o IVA, entendemos que todos os nossos homólogos na União Europeia, incluindo a Itália, são responsáveis por avaliar o IVA local e comunicá-lo aos governos respetivos", disse à AFP um porta-voz da autoridade fiscal.
A plataforma Booking.com alegou na época que os impostos reclamados pelas autoridades fiscais francesas haviam sido pagos na Holanda, onde está localizada a sua sede, país que introduziu um imposto sobre as empresas muito menos pesado do que na França.
Criada na Holanda em 1996, a Booking.com, filial da American Booking Holdings (ex-Priceline Group) desde 2005, já havia sido alvo de uma auditoria por causa das suas atividades em França entre 2003 e 2012, tendo sido notificada no final de 2015 em relação a um desvio fiscal de 356 milhões de euros.
A plataforma Booking.com alegou então que os impostos reclamados pelas autoridades fiscais francesas haviam sido pagos na Holanda, onde sua sede está localizada e que introduziu um imposto sobre as sociedades muito menos pesado do que o da França.
No início de junho, a plataforma anunciou que iria reembolsar o Governo holandês por 60 milhões de euros em ajudas recebidas durante a pandemia de covid-19, o que aconteceu depois de fortes protestos causados pelo pagamento de bónus aos seus administradores, no montante de 28 milhões de euros.