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Airbnb: Famílias que arrendam quartos devem ficar de fora das restrições do alojamento local

A plataforma reuniu esta terça-feira com a Câmara de Lisboa, no âmbito da criação do novo regulamento para o alojamento local, e defende que as novas regras devem diferenciar entre investidores e famílias que partilham casas com turistas, deixando estas fora das regras de contenção.

Inês Gomes Lourenço
02 de Julho de 2019 às 13:12
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Não se pode "comparar uma atividade de partilha de casa com a atividade de investidores que têm o Alojamento Local como principal atividade profissional ou de fonte de rendimento", uma vez que "devido a esta falta de diferenciação, todos os que partilham casa registaram a sua unidade de Alojamento Local nas mesmas modalidades de um investidor". O alerta vem da Airbnb, a plataforma de arrendamento de casas para turistas, que esta terça-feira reunião com a Câmara Municipal de Lisboa mo âmbito da elaboração em curso do novo regulamento municipal para o alojamento local.

 

Numa informação enviada à comunicação social, fonte oficial da empresa sublinha que também as famílias locais beneficiam com a atividade e que "as novas regras propostas para as áreas de contenção não distinguem adequadamente os profissionais de quem partilha casa", ou seja, quem arrenda quartos na sua própria habitação, precisamente as tais "famílias locais".

 

Assim, a Airbnb defende que "alugar quartos na residência principal ("Quartos") não deve ser contado como unidades que determinam o limite para considerar uma área de contenção. Os quartos são residências principais nestas unidades e por isso não há substituição de população nem um problema de ausência de autenticidade".

 

O arrendamento de quartos na própria casa está na génese da filosofia do alojamento local que, no entanto, com o desenvolvimento do turismo, começou a atrair cada vez mais investidores e até multinacionais da hotelaria. O resultado é que chega a haver prédios inteiros dedicados apenas ao arrendamento a turistas.

 

A Airbnb propõe, assim, que seja feita uma diferenciação e lembra que "60% dos anfitriões em Portugal dizem que o rendimento do alojamento ajuda tipicamente a contribuir para as despesas domésticas, paixões e interesses, e para se sustentarem a si e às suas famílias".

 

Em 2018 a plataforma gerou mais de 2.000 milhões de euros de impacto económico direto em Portugal, país que foi "o décimo território do mundo onde a Airbnb teve o maior impacto económico", revela a empresa.

 

Lisboa prepara atualmente o novo regulamento para o alojamento local, que tem estado em consulta pública. De acordo com o projeto preparado pela autarquias, as zonas do Bairro Alto, Madragoa, Castelo, Alfama e Mouraria, onde não é possível registar novos estabelecimentos de alojamento local desde novembro de 2018, farão parte das áreas de contenção absoluta, enquanto o bairro da Graça e a Colina de Santana integram as áreas de contenção relativa, passando a ter o registo de alojamento local limitado.

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