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Bloomberg destaca os Açores como o novo destino de aventura

A Bloomberg publicou esta semana uma reportagem sobre os Açores, onde destaca o arquipélago como o destino aventura que quer roubar o lugar da Islândia. Leia o artigo.

12 de Novembro de 2016 às 11:00
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Há milhões de anos, o manto borbulhante da Terra deu origem a nove pequenas ilhas no meio do Atlântico Norte. Hoje, os Açores - que estão localizados a 1.600 quilómetros da costa da Europa - são um reino tranquilo de pitoresco charme ibérico e verdes deslumbrantes preenchidos por videiras esculpidas por um dramático histórico de erupções vulcânicas.

 

Tal como a Islândia, os Açores oferecem lindas paisagens que não requerem filtro nas fotos, uma vibração evidentemente diferente da dos EUA (o arquipélago pertence a Portugal) e um local de paragem ultraconveniente no seu caminho para a Europa. Contudo, embora o seu primo do norte ganhe as manchetes com façanhas turísticas recorde - diversos meios de comunicação noticiaram que o país terá mais turistas americanos do que moradores locais em 2017 -, os Açores continuam a passar despercebidos.

 

Uma situação que está prestes a mudar.

 

Seguindo o exemplo da estratégia transatlântica da IcelandAir, a recentemente rebaptizada Azores Airlines (originalmente chamava-se SATA) aumentará as ligações para grandes cidades europeias em 2017; em teoria, as passagens aéreas ultra-acessíveis da empresa deverão aumentar o interesse na escala nos Açores. O plano é operar 972 voos totais no próximo ano (mais 46% do que em 2016) ligando passageiros americanos de Boston, Oakland e Providence (Rhode Island) a destinos como Lisboa, Porto, Barcelona, Praia (Cabo Verde), Londres e Frankfurt. A nova rota de Boston a Barcelona, por exemplo, terá preços a partir de 549 dólares.

 

Enquanto a Islândia começa a merecer um estudo sobre turismo desenfreado, os Açores esperam encontrar o equilíbrio entre aumentar a infra-estrutura e preservar os tesouros tangíveis e intangíveis que tornam o arquipélago tão único.

 

Locomoção

 

As nove ilhas dos Açores estão organizadas em três grupos geográficos - leste, centro e oeste -, sendo São Miguel a ilha mais populosa (e acessível), pertencente ao grupo do leste. É preciso um pequeno avião para visitar cada grupo de ilhas, embora também existam ligações por barco. Reserve algum tempo para explorar algumas das ilhas mais distantes - uma semana é o período ideal.

 

O que fazer

 

Na ilha de São Miguel, comece pela Lagoa das Sete Cidades, conhecida como uma das sete maravilhas de Portugal (afirmação prontamente confirmada pelos comissários de bordo quando está a aterrar).

 

Siga as suas indicações e veja as duas cativantes lagoas - uma azul e outra verde - que se unem no fundo da cratera. Os turistas costumam explorar as imediações da caldeira, enquanto outros desfrutam de remar nessas águas etéreas.

 

A animação em Ponta Delgada, principal cidade da ilha, contradiz a sua pequena população, de pouco mais de 70.000 habitantes. É a maior comunidade dos Açores e a sede do governo, ostentando o maior aeroporto e o porto de cargas do arquipélago.


Com um estilo único de arquitectura religiosa esculpido em pedra vulcânica porosa, a área central colonial da capital pode ser melhor aproveitada à noite com uma caminhada entre as ruas estreitas ou com petiscos ao longo da orla.

 

Nas outras ilhas

 

Se puder ir a apenas uma das demais ilhas, dê prioridade ao Pico. Oferece um poderoso contraponto a São Miguel, com cerca de um décimo da população e um enorme pico vulcânico cuja sombra se move pela paisagem como um relógio de sol.

 

Escalar até a cúpula do Pico, com forma de chapéu de bruxa, continua a ser a experiência mais icónica da ilha - uma caminhada que leva cerca de seis horas até o topo, ida e volta -, mas há muitas outras actividades que fazem a visita valer a pena.

 

Um exemplo: no século XIX, o Pico era uma das grandes produtoras de vinho da Europa e servia a aristocracia com uma bebida forte que não se podia encontrar em nenhuma parte no continente. E embora uma praga tenha praticamente aniquilado a indústria nos anos 1850, está agora a recuperar. A ilha mantém uma cultura de tabernas, nas quais os visitantes podem parar para provar bebidas fortificadas e comprar algumas garrafas.

Tradução de artigo publicado pela Bloomberg a 10 de Novembro. O original pode ser lido aqui

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