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Uso de tecnologia chinesa nos portos nacionais "é um risco", avisam os EUA

Administração Biden espera que o Governo não adjudique à empresa chinesa Nuctech a compra de um novo scanner para o Porto de Lisboa.

Mário Cruz/Lusa
Negócios jng@negocios.pt 17 de Dezembro de 2023 às 10:30
Os Estados Unidos estão a ver com desconforto a possibilidade de Portugal fechar com a empresa chinesa Nuctech a compra de um novo "scanner" para o Porto de Lisboa, por se tratar de uma empresa que fica ne esfera do regime de Xi Jinping.

Segundo o jornal Público, a administração Biden enviou a Portugal uma emissária para alertar contra a empresa chinesa, que representa "um risco à segurança nacional".

"Sabemos que o Governo português abriu concurso sobretudo assente no preço, e o Governo dos EUA está muito preocupado com empresas como a Nuctech. Levanta o mesmo tipo de questões que vimos no tema do 5G e a presença de empresas de controlo estatal da República Popular da China em infraestruturas críticas tanto em Portugal como no resto do mundo", afirmou Sarah Morgenthau, a representante especial da administração dos EUA para o comércio e negócios, ao Público.

Segundo a emissária do governo norte-americano, a decisão "cabe a Portugal", rcontudo "é preciso garantir" que a escolha não recaia em tecnologia fornecida por empresas oriundas de "países autoritários" "como China, Rússia ou Irão", acrescenta ao mesmo jornal.

Nas telecomunicações, Portugal travou a entrada da chinesa Huawei no 5G. 
Em causa a deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança, no verão, no âmbito do Conselho de Segurança, que classificou como "alto risco" para a segurança das redes e serviços nacionais a o uso de equipamentos e serviços de fornecedores que, entre outros critérios, sejam de fora da União Europeia, NATO ou OCDE.

Os critérios mencionados na deliberação afastaram das infraestruturas de telecomunicações portuguesas empresas como a chinesa Huawei, apesar de em algum momento ser referido o nome de qualquer empresa ou país. Em setembro, a Huawei anunciou ter avançado para contestar a decisão e "reparar as múltiplas violações dos seus direitos" trazidas pela deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança, bem como "o seu significativo impacto negativo para a empresa e os seus parceiros".

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