Notícia
Transporte público de passageiros "em risco" face a prejuízo de 70 milhões de euros
Segundo garante a Antrop, "se o Governo não intervir, introduzindo um apoio considerável por litro de gasóleo, a muito curto prazo os operadores deixarão de ter condições para manter a atividade".
05 de Julho de 2022 às 13:00
O transporte público de passageiros acumulou nos últimos dois anos um prejuízo superior a 70 milhões de euros devido ao sobrecusto do gasóleo, alertou esta terça-feira a associação setorial, reclamando um apoio de 90 cêntimos por litro de gasóleo.
"As empresas de transporte público de passageiros não têm condições para continuar a suportar o sobrecusto associado à subida do preço do gasóleo, não indo os apoios estatais além dos 30%. Precisaríamos de ter um apoio público na ordem dos 90 cêntimos por litro", afirma o presidente da Associação Nacional de Transportes de Passageiros (Antrop), Luís Cabaço Martins, citado num comunicado.
Segundo garante a associação, "se o Governo não intervir, introduzindo um apoio considerável por litro de gasóleo, a muito curto prazo os operadores deixarão de ter condições para manter a atividade, comprometendo o serviço público de transporte de passageiros, uma vez que as empresas não têm condições para suportar o sobrecusto do preço dos combustíveis sem poderem subir o valor dos títulos de transporte".
Salientando que "as empresas filiadas na Antrop prestam um serviço público essencial às populações", a associação recorda que "este serviço é imposto pelas autoridades de transporte, através da definição prévia dos serviços e dos preços a pagar", e que "os operadores de transporte não têm mecanismos para ajustar o serviço ou o preço face à evolução dos custos de operação".
Neste contexto, as empresas reclamam um apoio estatal na ordem dos 90 cêntimos por litro de gasóleo, contra os 20 cêntimos atuais, um valor inferior aos 30 cêntimos por litro que vigorou entre 01 de abril e 30 de junho.
No comunicado, a Antrop avisa que "o transporte público rodoviário de passageiros está em risco, face ao agravamento dos custos operacionais, muito particularmente dos combustíveis, cujo preço do gasóleo se agravou 83% nos últimos dois anos".
Já na sexta-feira, em declarações à Lusa, Luís Cabaço Martins tinha alertado que sem uma urgente "solução alternativa ou complementar" as empresas "fecham".
O presidente da Antrop aplaudiu então o prolongamento do apoio extraordinário ao combustível, mas criticou a redução para 20 cêntimos por litro de gasóleo.
"O apelo veemente que eu faço ao Governo é de encontrarmos rapidamente - não é daqui a uns meses, é agora - uma solução, sob pena de as empresas, a pouco e pouco, irem fechando e irem parando porque não há condições de circulação, porque os custos estão muito acima das receitas que nós temos e não conseguimos suportar", afirmou então em declarações à agência Lusa.
"As empresas de transporte público de passageiros não têm condições para continuar a suportar o sobrecusto associado à subida do preço do gasóleo, não indo os apoios estatais além dos 30%. Precisaríamos de ter um apoio público na ordem dos 90 cêntimos por litro", afirma o presidente da Associação Nacional de Transportes de Passageiros (Antrop), Luís Cabaço Martins, citado num comunicado.
Salientando que "as empresas filiadas na Antrop prestam um serviço público essencial às populações", a associação recorda que "este serviço é imposto pelas autoridades de transporte, através da definição prévia dos serviços e dos preços a pagar", e que "os operadores de transporte não têm mecanismos para ajustar o serviço ou o preço face à evolução dos custos de operação".
Neste contexto, as empresas reclamam um apoio estatal na ordem dos 90 cêntimos por litro de gasóleo, contra os 20 cêntimos atuais, um valor inferior aos 30 cêntimos por litro que vigorou entre 01 de abril e 30 de junho.
No comunicado, a Antrop avisa que "o transporte público rodoviário de passageiros está em risco, face ao agravamento dos custos operacionais, muito particularmente dos combustíveis, cujo preço do gasóleo se agravou 83% nos últimos dois anos".
Já na sexta-feira, em declarações à Lusa, Luís Cabaço Martins tinha alertado que sem uma urgente "solução alternativa ou complementar" as empresas "fecham".
O presidente da Antrop aplaudiu então o prolongamento do apoio extraordinário ao combustível, mas criticou a redução para 20 cêntimos por litro de gasóleo.
"O apelo veemente que eu faço ao Governo é de encontrarmos rapidamente - não é daqui a uns meses, é agora - uma solução, sob pena de as empresas, a pouco e pouco, irem fechando e irem parando porque não há condições de circulação, porque os custos estão muito acima das receitas que nós temos e não conseguimos suportar", afirmou então em declarações à agência Lusa.