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Ryanair diminui oferta de voos devido ao aumento das restrições europeias

As restrições europeias aumentam e os voos diminuem. Ryanair vai reduzir as suas viagens aéreas no próximo meio ano.

Luís Manuel Neves 
Negócios 02 de Novembro de 2020 às 12:42
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As restrições europeias aumentam com o agravar da pandemia e os aviões mantêm-se em terra. A Ryanair avançou hoje, num comunicado citado pela CNBC, que irá reduzir os seus voos nos próximos seis meses, numa altura em que o tráfego aéreo diminuiu 80%.

A empresa irlandesa manifestou a sua vontade de reduzir o número de voos, dois dias depois do Reino Unido ter anunciado que vai voltar a confinar no dia 5 de novembro. Já na semana passada os governos francês e alemão apresentaram medidas adicionais para conter a pandemia e discutiram a possibilidade de um novo confinamento.

A segunda vaga da pandemia tem levado os países europeus a anunciar medidas mais drásticas, de modo a conter o aumento do número de surtos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) assegurou que os bloqueios nacionais (as paralisações) deveriam ser implementados somente em última opção, uma vez que se assumem como um "fracasso", segundo garantiu à CNBC Michael O’Leary, CEO da Ryanair.

A companhia aérea foi atingida pelo vírus da Covid-19, que danificou fortemente a sua atividade. De acordo com os dados apresentados esta segunda-feira pela Ryanair, a empresa teve uma quebra de tráfego de 78% entre abril e setembro deste ano, face ao período homólogo do ano passado. Ao longo destes seis meses a companhia perdeu cerca de 80% dos seus clientes.

"Está claro que as viagens aéreas estão na linha de frente desta pandemia ... E achamos que a única maneira de sair disso é implementando a obrigatoriedade dos testes antes dos voos", reforçou O’Leary à CNBC.

As perspetivas futuras não são de todo animadoras. Num comunicado, o CEO da Ryanair afirmou que esperam que "a capacidade das viagens aéreas intra-europeias permaneça reduzida nos próximos anos". O’Leary acrescentou ainda que haverá "uma quantidade essencial de viagens que ocorrerão neste inverno", todavia, "o número de voos será menos de um terço do normal". Ainda assim, a Ryanair acredita que esta crise irá criar oportunidades futuras, como o aumento da frota e a redução dos custos aeroportuários.

A companhia aérea tem atualmente um prejuízo de 197 milhões de euros, em comparação com um lucro de 1,15 mil milhões de euros no período homólogo do ano transato.

 

 

 

 

 

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