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Relatório aponta para "falhas graves" de segurança no controlo aéreo

Um relatório revela que em pelo menos dois casos analisados "o acidente apenas foi evitado por acasos excecionais". GPIAAF aponta o dedo aos controladores da NAV, aos equipamentos garantidos pela gestora dos aeroportos nacionais e à ANAC.

2020 foi um ano ilustrado por aeronaves estacionadas nas pistas dos aeroportos de todo o mundo.
Miguel Baltazar
16 de Dezembro de 2022 às 09:20
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Um relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) aponta para falhas graves no controlo aéreo, revela esta sexta-feira o semanário Expresso. O relatório diz mesmo que, em cada situação analisada, "o acidente apenas foi evitado por acasos excecionais". 

Ao longo de mais de 100 páginas, o GPIAAF revela falhas entre os controladores da NAV, bem como nos equipamentos garantidos pela gestora dos aeroportos nacionais ANA e pela própria supervisão da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

Num dos casos, um Airbus 321 da TAP, ficou a pouco mais de 200 metros de embater numa viatura aeroportuária no aeroporto de Ponta Delgada, em abril do ano passado. Um episódio semelhante aconteceu com um Boeing 737 de carga, que se preparava para descolar do aeroporto do Porto para seguir rumo à Bélgica.

Em ambos os incidentes, o relatório, que será publicado até ao final deste ano, revela que só havia um controlador na torre, quando as regras de segurança obrigam a estar ao serviço mais quatro elementos no Porto e outros dois em Ponta Delgada. "Não estavam por decisão de ambos os operacionais, também supervisores, que assinavam presenças fictícias no local de trabalho, depois remuneradas", indica o relatório.

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