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Receitas da CP com linha da Beira Alta caem para metade

Além da queda acentuada da faturação, a operadora de comboios já gastou 7,9 milhões de euros em serviços rodoviários.

O primeiro troço lançado a concurso terá uma extensão de 71 km.
João Cortesão
13 de Junho de 2024 às 11:59
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A linha da Beira Alta entrou em obras e, desde então, além de a CP ter gasto quase oito milhões de euros em serviços rodoviários, também teve uma quebra acentuada das receitas nessa mesma linha, avança esta quinta-feira o Público.

As receitas da CP com a linha que vai de Coimbra a Guarda caíram em 2023 para 3,2 milhões de euros, metade dos 6,4 milhões de euros registados em 2019. Este é o último ano comparável já que em 2020 as contas foram afetadas pela pandemia e em abril de 2022 a linha fechou para obras.

O número de passageiros na linha passou de 633 mil passageiros para 372 mil em 2023. Segundo o diário, esta quebra somada à perda de clientes em 2022 pode dar um prejuízo de sete milhões de euros à CP na linha em questão.

A empresa tem a responsabilidade de contratar serviços rodoviários de substituição, nos quais já gastou 7,9 milhões de euros, embora, segundo uma fonte oficial citada pelo Público, a CP já tenha sido reembolsada pelo gestor de infraestruturas em 7,3 milhões de euros.

Os custos devem acrescer ainda mais com as compensações e indemnizações que a empresa teria que pagar a empresas que transportam mercadorias. No entanto, a Infraestruturas de Portugal (IP) não divulgou quanto teria já gasto.

"O atraso excessivo das obras tem sido extremamente prejudicial porque a IP não suporta nenhum novo comboio que pretenda circular pela Beira Alta e que o tenha de fazer pela Beira Baixa enquanto exista o encerramento", disse Miguel Rebelo de Sousa, da Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias (APEF), ao Público. 

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