Notícia
PSD acusa governo de pôr investimentos estruturantes em banho-maria
Os social-democratas acusam o governo de parar investimentos em infra-estruturas rodoviárias para cumprir objectivos do défice.
O PSD acusa o governo de estar a preparar-se para "por em banho-maria no próximo ano um conjunto de investimentos em infra-estruturas importantes", nomeadamente na área rodoviária.
No final da audição do ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2017, o deputado social-democrata Luís leite Ramos afirmou aos jornalistas que, "mau grado todas as promessas, o país vai continuar à espera de um conjunto de investimentos estruturantes".
Projectos, disse, alguns dos quais já em curso, mas que "foram parados porque foi preciso ajeitar a despesa pública aos objectivos do défice".
Luis Leite Ramos salientou que este ano o governo cortou 430 milhões de euros no orçamento da Infraestruturas de Portugal (IP) " colocando em causa processos que estavam a decorrer", dando como exemplo a estrada nacional 14, o IC35 e um conjunto de pequenos investimentos associados ao plano de proximidade.
"Para além destes cortes, que são substanciais, ficamos também a saber que não consta das intenções do governo resolver problemas como a requalificação da linha de Cascais, o IC35 cujo projecto de investimento já estava a decorrer, a EN 14 e a ligação entre Coimbra e Viseu", afirmou.
No caso da EN14 o social-democrata recordou que foi compromisso deste governo perante uma empresa da zona da trofa, a Continental Mabor, resolver o problema desta via.
Relativamente aos fundos europeus, Luís leite Ramos salientou no final da audição de Pedro Marques que "o governo insiste em várias falsas verdades".
O social-democrata recusou que a execução de 2015 e 2014 tenha sido baixa e lembrou que o que conta nesses anos é a execução de dois programas, acusando o ministro de se referir apenas a um.
Em sua opinião, é na execução do programa Portugal2020 que "há falhas graves", acrescentando que as actuais taxas de execução são mais baixas do que aquelas do início do anterior programa.