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Portos: Turcos criticam ex-accionistas da Tertir por falta de investimento tecnológico

A Yilport emitiu um comunicado onde salienta que está focada no desenvolvimento do negócio mas que se deparou com duas dificuldades. Uma delas foi a discussão com o sindicato em Lisboa e a outra citada é a “pouca atenção - por parte dos anteriores accionistas - dada ao investimento em tecnologia”.

22 de Novembro de 2017 às 11:41
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A empresa turca Yilport, que comprou as operações portuárias da Tertir à Mota-Engil e ao Novo Banco em Setembro de 2015, sublinha e o seu foco no desenvolvimento do negócio na Península Ibérica. Mas, num comunicado emitido esta quarta-feira, 22 de Novembro, aponta também o dedo aos anteriores donos da Tertir (onde a Mota-Engil detinha a maioria do capital, com 63%), por falta de investimento nomeadamente na área tecnológica, a que agora promete dar "especial atenção".

"Uma outra adversidade que pode ser referida foi a pouca atenção - por parte dos anteriores accionistas - dada ao investimento em tecnologia, o que está a resultar numa grande desafio que está a ser enfrentado pelas equipas operacionais para alcançar, através do equipamento existente nos terminais, aqueles que são considerados os padrões normais no sector industrial portuário, quer a nível de qualidade, quer a nível de fiabilidade. Tendo em conta este aspecto, está a ser dada especial atenção, por parte das equipas de gestão, a todas as possibilidades que permitam melhorar a segurança, tendo em conta os padrões internacionais", adianta  a empresa em comunicado.

Por outro lado, a Yilport salienta que foi dada prioridade ao porto de Lisboa na sequência do "forte impacto dos conflitos nas operações" no porto da capital portuguesa. Mas refere que a empresa "tem de se manter neutra no que diz respeito às questões sindicais, para que os sindicatos Leixões e outros portos possam ser tratados da mesma forma".

 

"Apesar do forte foco para desenvolver o negócio na região, a Yilport encontrou alguns desafios esperados e também inesperados, em Portugal. Um destes desafios foi a prolongada discussão entre a gestão/administração das empresas e o sindicato em Lisboa, o que resultou numa grande perda de confiança por parte dos clientes, bem como uma perda de negócios nos terminais de Lisboa nos últimos anos antes da aquisição", pode ler-se no comunicado de quatro páginas assinado pelo CEO, Christian Blauert.

A empresa explica que "tal como acontece noutros locais, após a sua chegada, a Yilport está a tentar implementar uma base de comunicação mais profissional entre o sindicato e a administração". O objectivo desta iniciativa é a "troca de informação, discutir pontos de vista individuais e quando for possível encontrar soluções para os conflitos que possam surgir devido à natureza dos interesses, que são distintos, de ambas as partes". 

A companhia turca, que comprou a Mota-Engil Logística e a Tertir, acrescenta que "todos estes desafios estão ou serão ultrapassados, e não só soluções, como também sistemas, estão a ser criados para que estes desafios possam ser facilmente superados". "O objectivo é garantir o crescimento futuro e trazer negócios rentáveis para a Yilport em Portugal, tal como para com os nossos parceiros e outros stakholders no sector portuário e logístico".

A firma explica ainda que pretende implementar o "software NAVIS para as operações em Portugal e Espanha. Este sistema é usado entre os maiores e os mais eficientes portos e terminais do mundo".

Neste comunicado, a Yiport faz referência ao investimento que pretende realizar no porto de Leixões e ao lançamento do escritório em Lisboa. "A equipa aqui localizada - equipa Yilport Iberia - é responsável pela gestão de todas as actividades em Portugal e Espanha. Com a visão regional do nosso negócio, a Yilport pretende que os portos portugueses voltem a ser novamente os principais portos e centros para a movimentação de carga que entra e sai da região Ibérica, passando pela Europa e a Ásia, assim como pelas linhas de comércio Transatlânticas".

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