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Pinto Luz reafirma que novo aeroporto não terá dinheiro dos contribuintes

Relativamente às obras no Humberto Delgado, que funcionará até que novo aeroporto seja construído, o ministro das Infraestruturas diz que "estamos a pôr pressão sobre a ANA todos os dias".

José Gageiro/Movephoto
24 de Julho de 2024 às 10:58
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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, reafirmou esta quarta-feira no Parlamento que acredita que o novo aeroporto de Lisboa "será construído sem verbas do Orçamento do Estado", frisando assim que se vai "poupar os contribuintes a esforços suplementares".

Na sua declaração inicial, o governante salientou ainda a intenção de obter um consenso alargado ao projeto, razão pela qual afirmou que já houve reuniões com os municípios e está a haver contactos com a Força Aérea.

Miguel Pinto Luz frisou ainda que enquanto o futuro aeroporto Luís de Camões não se torna uma realidade vai manter-se em funcionamento o Humberto Delgado com as necessárias obras de forma a dar resposta à procura turísticas. Para isso, disse, "pressão na concessionária – a ANA - estamos a pôr todos os dias".

Recordando que a decisão de localizar o novo aeroporto em Alcochete está associada à construção da terceira travessia do Tejo e da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid, que "são vitais para desenvolvimento do país", Miguel Pinto Luz salientou ter já o compromisso com Espanha que essa linha estará pronta em 2034.

Sobre a proposta já aceite pelo júri para a construção do primeiro troço da linha entre Lisboa-Porto, realçou a intenção de que seja aprovada em breve e o início da obra tenha lugar a curto prazo.

O ministro disse, contudo, que não se sente "confortável que um concurso desta envergadura tenha um único concorrente" e avisou que o procedimento para o primeiro troço da alta velocidade (Porto-Oiã) "correu o risco de ficar vazio", para frisar que "no futuro queremos mais".

Desta forma, explicou a decisão de aumentar o preço base do concurso para o segundo troço (Oiã-Soure) em 300 milhões, para cerca de dois mil milhões de euros.

Ainda sobre a alta velocidade, Pinto Luz disse pretender que a CP tenha concorrência na prestação desse serviço, de forma a que os preços sejam mais baratos.

"Não é nossa visão que a CP venha a operar em monopólio a alta velocidade, nem tenha uma posição maioritária", afirmou.

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