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Paulo Campos contesta encargos de 700 milhões das subconcessões rodoviárias
O deputado socialista e antigo secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, contestou esta quarta-feira a afirmação do presidente da Estradas de Portugal (EP) de que as subconcessões rodoviárias vão impor um custo adicional de 700 milhões de euros.
Paulo Campos, que falava à Lusa no final da audição do presidente da EP, António Ramalho, no Parlamento, disse que o custo das subconcessões evidenciado no "orçamento da empresa é de 313 milhões de euros, muito longe dos 700 milhões de euros".
António Ramalho afirmou hoje, na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas que, a partir de 2014, a EP recebe "um conjunto de subconcessões que vão impor um custo adicional de 700 milhões de euros".
Além de contestar este valor, o secretário de Estado das Obras Públicas dos governos socialistas liderados por José Sócrates refere também que "o presidente da EP não evidenciou que 200 milhões de euros são encargos de uma infra-estrutura lançada no tempo do Governo de Durão Barroso", a auto-estrada A21 (Malveira/Mafra/Ericeira).
"O gestor António Ramalho no seu orçamento inscreve como custo das subconcessões 313 milhões de euros, mas como comissário político anuncia na Assembleia [da República] que o custo é 700 milhões de euros", disse Paulo Campos.
O deputado socialista acrescentou ainda que o presidente da EP "inscreve 290 milhões de receitas de portagens, mas como comissário político esquece-se de referir que desde 2010 a EP passou a ter receitas de portagens.