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Operadores privados vão reforçar transportes de Lisboa e Porto por 1,5 milhões de euros

O reforço da oferta com recurso ao transporte rodoviário privado será feito na STCP, na linha de Sintra da CP, na Fertagus e no Metro Sul do Tejo e custará, pelo período de três meses, 1,5 milhões de euros.

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04 de Novembro de 2020 às 11:00
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O secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, anunciou esta quarta-feira que as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto vão reforçar a oferta de transporte público com a contratação de operadores rodoviários privados, designadamente de turismo, que neste momento estão parados, em contratos no valor de 1,5 milhões de euros com a duração de três meses.

O responsável salientou que essa verba, canalizada através do Fundo Ambiental, será dividida de forma igual entre as duas áreas metropolitanas (AM) para contratar 375 mil quilómetros de transporte rodoviário, que permita transportar um milhão de passageiros em cada uma das duas regiões.


O reforço será feito na operação da STCP, da linha de Sintra da CP, na Fertagis e na Metro Sul do Tejo, identificadas pelas duas regiões como as mais necessitadas.
  

Eduardo Pinheiro adiantou que, no Porto, a procura da STCP era em setembro de 69% do período homólogo de 2019 e no metro de 60%, lembrando que as quebras chegaram a ser de 85%.

  

"O aumento tem sido considerável com retoma da atividade sobretudo nas horas de ponta, e verifica-se na STCP, nalguns períodos da manhã mas também da tarde, ocupações muito próximas do limite de dois terços", explicou.


Desta forma, será dada resposta a um total de 17 linhas da STCP "com maior intensidade de ocupação", em seis municípios da AMP - Porto, Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e Gaia - , que permitirá também, frisou, "aliviar a pressão no metro do Porto".

Em Lisboa, disse ainda, a procura no metro era em setembro de 48% face ao mesmo mês de 2019, na Transtejo de 61%, na CP de 60%, na Fertagus de 63% e no Metro Sul do Tejo (MST) de 66%.

Nesta região, a maior pressão foi identificada na linha de Sintra, da CP, entre Cacém/Amadora e Pontinha/Sete Rios/Entrecampos, mas também na Fertagus, entre as estações do Pragal e Lisboa e no MST entre Corroios e Cacilhas.

Através de um despacho conjunto do Governo, serão agora concretizados os contratos com as duas AM, que "depois terão a capacidade para definir o que é preciso reforçar", disse ainda Eduardo Pinheiro.

Reforço pode durar até 6 meses  


Na cerimónia de apresentação das medidas para o aumento da oferta, o ministro do Ambiente e da Ação Climática salientou que ao longo da próxima semana já seja possível fazer este reforço.

João Pedro Matos Fernandes adiantou que o pacote financeiro para os contratos com os operadores privados permitirá que esse reforço seja feito durante três meses, mas que pode chegar aos seis meses. "Falaremos nessa altura", frisou.

O governante voltou a assegurar que a utilização dos transportes públicos é segura, com o uso da máscara e o cumprimento de regras de etiqueta respiratória. Reconheceu que "existem estrangulamentos nalgumas horas do dia", que são "fundamentais suprir para as pessoas terem a certeza que é seguro" e não deixem de usar os transportes coletivos porque "o futuro da mobilidade não pode ser o transporte individual".


Matos Fernandes disse que nas empresas públicas a oferta está hoje a 100% e não há neste momento capacidade para mais, estando a procura, em média, nos 60%, "inferior aos dois terços do limite da lotação".

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