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Medlog investe cerca de 12 milhões em novas locomotivas

A Medlog, nova marca da CP Carga, agora detida pela MSC, vai apostar em comboios multiproduto e multicliente. O objectivo da empresa é liderar o mercado ibérico.

Bruno Simão
16 de Maio de 2016 às 14:23
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A Medlog, marca que veio substituir a antiga CP Carga, adquirida em Janeiro deste ano pela MSC, vai fazer um investimento que rondará os 12 ou 13 milhões de euros em quatro novas locomotivas, as quais chegarão em Maio de 2017.

O anúncio foi feito na apresentação da marca e da estratégia, esta segunda-feira em Lisboa, por Carlos Vasconcelos (na foto), presidente da Medlog, que reafirmou o objectivo de tornar a empresa de transportes e logística o maior operador ferroviário da península ibérica.

"Vamos manter todos os serviços sem excepção, mas não queremos ficar por aí", afirmou Carlos Vasconcelos aos jornalistas, explicando que a estratégia passa por "expandir em Portugal e sobretudo passar a fronteira".

Palra além dos serviços que oferece já em Espanha, o responsável acredita que em 2017 a Medlog estará a prestar serviços novos no país vizinho.

A aposta da empresa será também nos comboios multiproduto e multicliente. Em estudo, disse ainda, estão os vagões plataforma, que possam levar camiões.

"Um dos maiores concorrentes da ferrovia é a rodovia, mas não queremos combater a rodovia. Provavelmente a solução passará por trazer a rodovia para dentro da ferrovia", afirmou Carlos Vasconcelos.

Sobre novos investimentos, o presidente da empresa disse apenas que depois destas quatro locomotivas, "iremos encomendar mais à medida que formos crescendo". No âmbito do processo de privatização, já investiu 52 milhões de euros na empresa, designadamente para o pagamento da dívida à banca.

Sobre se é intenção ter terminais ferroviários próprios, Carlos Vasconcelos afirmou que a aspiração da empresa é ter terminais ferroviários eficientes. "Se o mercado oferecer terminais eficientes não precisamos de ter terminais próprios. Se não oferecer teremos de recorrer a terminais próprios", disse.

Relativamente aos trabalhadores, Carlos Vasconcelos reafirmou que a empresa não pretende despedir ninguém. "Vamos ter de recrutar pessoas se queremos crescer", afirmou.

A mudança de nome da CP Carga era uma das obrigações previstas no caderno de encargos da privatização ganha pela MSC, tendo a designação Medlog resultado de uma adaptação de uma proposta feita por um dos 542 colaboradores no âmbito de um concurso lançado internamente.

 

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