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Medina quer corredor central de transportes na 2.ª Circular para ligar à A5

A intenção não é nova, mas há novos dados sobre a vontade da autarquia lisboeta ligar a Segunda Circular à A5 e à CRIL através de um corredor central dedicado a transportes públicos. A proposta final ainda dependente de negociações entre Governo e Brisa e da conclusão de estudos ainda em curso.

Lusa
27 de Junho de 2019 às 14:12
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A Câmara Municipal de Lisboa (CML) quer mesmo avançar com a criação de um sistema de transportes a instalar no eixo central da Segunda Circular, confirmou ao Negócios fonte oficial da autarquia da capital.

 

O objetivo do município liderado por Fernando Medina passa por assegurar depois a ligação deste corredor à A5, através da CRIL. Nesta fase, a CML tem ainda de optar qual o sistema de transportes a implementar neste corredor central, estando a avaliação a ser feita entre um metro ligeiro ou uma Busway (Bus Rapid Transit, autocarros articulados a funcionar em corredor dedicados).

 

Segundo referiu esta quarta-feira o vereador da mobilidade CML, Miguel Gaspar, à Transportes em Revista, a preferência da autarquia assenta na segunda opção (BRT), uma vez que "este sistema pode encaixar na CRIL com o corredor em BRT da A5". No entanto, a CML explica que para tomar uma decisão final é ainda necessário aguardar a conclusão de um estudo que está ainda a ser realizado.

 

"Isso vai permitir uma coisa extraordinária, que é a ligação direta de Oeiras e Cascais ao aeroporto e à Gare do Oriente", acrescenta Miguel Gaspar.

 

Mas para que esta ligação passe do papel para a estrada é preciso que as negociações entre o Governo e a Brisa (que detém a concessão da A5) cheguem a bom porto. A proposta para implementar um corredor de transporte públicos na A5 já está nas mãos do Executivo há vários meses.

 

Contudo, o Negócios sabe que a ideia de criar um corredor dedicado a transportes públicos na A5 (no caso para Busway) está dependente dessas negociações que, por sua vez, não têm avançado nos últimos meses. Entre as diversas questões que têm de ser avaliadas está, desde logo, a decisão sobre o ponto de partida desta faixa dedicada na A5, se logo em Cascais ou, por exemplo, em Oeiras.

 

Certo é que se, em setembro, Fernando Media notava, em entrevista ao Dinheiro Vivo, que se o Governo aprovasse a proposta com vista à criação de um corredor reservado a autocarros na A5 também a 2.ª Circular poderia vir a ter uma faixa dedicada a transportes públicos, agora a Câmara da capital já decidiu avançar com a criação desse corredor no eixo central.

 

O Negócios não conseguiu apurar se o objetivo de criar este corredor central para transportes públicos na 2ª Circular implicará, ou não, a supressão de alguma faixa de rodagem.

 

Esta é assim a segunda proposta de alterações à 2.ª Circular que Medina tenta empreender, isto depois do projeto que ficou por terra e que pressupunha a criação de um corredor verde na via central e a redução da velocidade máxima de circulação para 60km/h.

 

A CML justifica a aposta neste novo projeto em detrimento do anterior com o facto de, entretanto, designadamente desde o início de 2017, a capital ter assumido a gestão da Carris.

 

CML já definiu paragens na 2.ª Circular

 

À Transportes em Revista, o vereador Miguel Gaspar adiantou que a Câmara lisboeta já conhece os pontos onde pode instalar as paragens para acesso ao tipo de transporte que venha a ser instalado no corredor central a criar na 2.ª Circular (como referido acima a preferência recai sobre o Busway).

 

"Conseguimos colocar paragens junto à estação de comboios de Benfica, na zona do Colombo, nas Torres de Lisboa, Campo Grande, Aeroporto (e a apenas 300 metros da zona de embarque) e na Avenida Marechal Gomes da Costa, fazendo depois a ligação à Gare do Oriente. E para aceder às zonas de embarque as pessoas só terão de subir ou descer um lanço de escadas", explicou.

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