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Matos Fernandes: “Não conheço um caso de transmissão da covid-19 no transporte público”

O ministro do Ambiente assegurou que muito em breve será apresentado um plano de reforço dos transportes públicos nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, garantindo que a utilização, cumprindo-se as regras definidas, “é segura”.

O Governo português também  já terá manifestado o seu descontentamento com a proposta de Espanha.
Tiago Petinga/Lusa
02 de Novembro de 2020 às 17:52
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O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, adiantou esta segunda-feira no Parlamento, numa audição sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2021, que "muito em breve" será apresentado um plano para o reforço da oferta nos transportes públicos nas duas áreas metropolitanas.

O responsável salientou aos deputados que "não há um único caso comprovado em Portugal de transmissão da covid-19 no transporte coletivo", assegurando que "a utilização do transporte coletivo, feito com máscara, com a higiene respiratória necessária e com as regras que conhecemos é segura".

"Não conheço nenhum caso. Não quer dizer que não há, mas não é conhecido nenhum e se fossem muitos alguns conheceriam", disse.

Relativamente às empresas tuteladas pelo Ministério do Ambiente, Matos Fernandes salientou que a oferta dos metros de Lisboa e Porto variou, em setembro, entre menos 4% e 1%, enquanto a procura nos dias melhores só caiu 40%.

"O que temos é por vezes, não é todos os dias, dois ou três comboios da parte da manhã onde o valor dos dois terços é marginalmente ultrapassado", referiu Matos Fernandes, admitindo que na Área Metropolitana do Porto algumas linhas da STCP têm de ser reforçadas, e o mesmo acontece na Área Metropolitana de Lisboa, particularmente na linha de Sintra.

"Muito em breve haverá medidas de reforço", garantiu, assegurando que "nos metros não conheço nenhum caso de sobrelotação, há é de maior lotação".

O orçamento do Ministério do Ambiente prevê os mesmos 138 milhões de euros para o programa de apoio à redução tarifária (PART) no transporte público, que serão acrescentados por mais 60 milhões, que podem ser mais 90 milhões,"para o que será a evolução da procura".

Para o Protrans, um programa destinado a reforçar a oferta de transporte público nos territórios de baixa densidade, estão previstos para 2021 os mesmos 15 milhões que foram decididos para 2020.

Matos Fernandes escusou-se a fazer neste momento uma avaliação a este programa devido a este ano atípico, em que os 15 milhões serviram na realidade para "não reduzir a oferta".

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