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Investimento em startups de táxis-aéreos dispara para recorde de 3,66 mil milhões de euros

Os investimentos em startups que desenvolvem táxis-aéreos já atingiu este ano um valor recorde de 4.300 milhões de dólares, cerca de 3.660 milhões de euros.

DR
24 de Agosto de 2021 às 13:06
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As contas são feitas pela consultora McKinsey: em apenas oito meses, até agosto, os investimentos feitos em startups de mobilidade aérea dispararam para um valor recorde de 4.300 milhões de dólares, o equivalente a 3.660 milhões de euros.

Numa altura em que o setor da mobilidade aérea está a aquecer, algumas startups estão a arrecadar milhões de euros em investimentos para desenvolver veículos aéreos ou criar serviços de táxis-aéreos partilhados. Segundo as contas da consultora, que forneceu dados ao jornal britânico Financial Times, o financiamento às empresas deste setor da próxima geração de mobilidade aérea ja cresceu 83% no espaço de cinco anos, elevando-se para 10.400 milhões de dólares (8.860 milhões de euros).

Nesta contagem da consultora figuram não só os investimentos feitos em empresas de eVTOL (veículos elétricos de descolagem e aterragem vertical), mas também em companhias que estão a trabalhar na área de drones.

As startups deste segmento têm crescido tanto no mercado da América do Norte como também na Europa. Alguns dos exemplos mais conhecidos são a Volocopter, a Archer ou, na Europa, a alemã Lilium. A Lilium tem como grande objetivo a criação de uma frota de mobilidade aérea, onde se tornaria possível pedir uma viagem para cegar mais depressa a um aeroporto, contornado todos os problemas de trânsito. Já este ano, a empresa anunciou que tem planos para vender 220 dos seus veículos à companhia aérea brasileira Azul, por um montante de mil milhões de dólares.

E este não é um caso único de valor milionários em startups da área. Ainda este ano, a também alemã Volocopter, uma das empresas mais avançadas neste segmento de negócio, recebeu um investimento de 200 milhões de euros numa ronda de investimento série D. Na altura do anúncio, em março, a empresa indicou que já tinha recebido um total de 322 milhões de euros em financiamento.

Ainda assim, a análise da McKinsey é mais cautelosa em relação ao futuro da próxima geração de mobilidade aérea. "O entusiasmo que vimos no primeiro trimestre do ano já acalmou um pouco", diz Robin Riedel, ao Financial Times.

Regulação é um desafio
Mesmo com os investimentos a atingir valores recorde, há um desafio incontornável neste setor de atividade: a regulação. Embora as empresas continuem a desenvolver veículos aéreos, continuam as dúvidas sobre certificações e em que tipo de áreas poderão viajar.

Em declarações feitas em maio, o principal responsável da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), Patrick Ky, afirmou que acredita que em "2024 ou 2025" os táxis voadores poderão ter luz verde na Europa. Citado pela Bloomberg, este responsável apontou que o uso para o transporte de mercadorias nos sistemas de descolagem vertical poderá ser aprovado antes do transporte de passageiros.

O regulador frisou na altura que a EASA já está a trabalhar com algumas empresas para coordenar esforços na área dos voos não tripulados. Além disso, a agência está também a desenvolver uma abordagem coordenada com outros reguladores, nomeadamente com a norte-americana FAA, responsável pela regulação da aviação naquele país.

Já em Singapura os táxis-voadores poderão chegar mais cedo. A Volocopter tem já planos para operar a primeira frota comercial destes veículos em Singapura até ao final de 2023.
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