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Galamba esclarece que decisão sobre novo aeroporto será tomada pelo próximo Governo
O ministro das Infraestruturas afirmou que a decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa não poderá ser tomada por um governo em gestão. Mas garante que o próximo Executivo vai ter material "válido" para tomar a decisão sobre a melhor localização.
Respondendo às perguntas de André Ventura, do Chega, sobre a derrapagem do calendário para a escolha do novo aeroporto de Lisboa e o impacto da atual crise política, o ministro recordou que "é público que o trabalho da Comissão Técnica Independente está em curso, como foi noticiado", disse, referindo-se à notícia do Negócios.
Nesse sentido, os prazos para a escolha da melhor solução, prevista para 2024, não sofreu qualquer impacto. Porém, esclareceu que "é uma decisão que um Governo em gestão não poderá tomar, terá de ser o próximo Governo", acrescentou. Após a polémica investigação dos negócios do lítio e hidrogénio, o Presidente da República decidiu manter Governo mais três semanas, salvando o Orçamento do Estado para 2024 e evitando regime de duodécimos, e marcar eleições antecipadas para 10 de março de 2024.
João Galamba defendeu ainda o trabalho que está a ser feito pela CTI, coordenado por Maria Rosário Partidário, refutando as críticas que têm vindo a ser feitas da preferência de alguns membros do grupo de trabalho por Alcochete no passado.
Em resposta ao deputado da IL, Carlos Guimarães Pinto, reforçou que não é a CTI que escolhe a localização, lembrou que o objetivo do trabalho da equipa liderada por Rosário Partidário é "habilitar um Governo a tomar essa decisão. E a condição habilitadora para se tomar uma decisão existirá para quem vier e quiser tomar uma decisão", disse, considerando ainda o trabalho da CTI como "válido" e "sério".
João Galamba está a ser ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Lei que aprova o Orçamento do Estado para 2024.
Esta semana, João Galamba foi constituído arguido no âmbito da investigação aos negócios de lítio e hidrogénio que resultaram em cinco detenções e levaram ao pedido de demissão do primeiro-ministro.
(Notícia atualizada às 17h40)