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Flash aposta em incentivos para combater estacionamento selvagem de trotinetes
A Flash oferece um incentivo financeiro, "um desconto no preço", para quem estacionar nas zonas pré-designadas.
A Flash é a nova operadora de trotinetes em Lisboa e promete diferenciar-se com veículos mais seguros e com formas de combater o estacionamento desorganizado.
O diretor da empresa para Portugal, Felix Petersen, salienta que a Flash é a única operadora que desenvolve os seus veículos e isso permitiu introduzir alguns elementos de segurança e conforto adicionais. Entre estes elementos, o responsável destaca as rodas de maior dimensão, uma suspensão reforçada e travões mais eficazes.
"Como desenvolvemos e desenhámos o veículo, pudemos introduzir os aspetos que considerámos mais importantes", refere. "Durante todo o processo, Lisboa esteve no nosso pensamento. Com algumas das particularidades, por exemplo a calçada portuguesa, achámos que se funciona em Lisboa, funciona em qualquer cidade europeia", acrescenta.
Quanto ao estacionamento desordenado, uma das maiores críticas às trotinetes, Felix Petersen assinala que a empresa oferece um incentivo financeiro, "um desconto no preço", para quem estacionar nas zonas pré-designadas.
A Flash realizou uma fase de testes em Lisboa durante duas semanas, em janeiro, onde identificou algumas das preocupações dos utilizadores, nomeadamente o preço.
A empresa iniciou em fevereiro as operações em Faro e esta segunda-feira em Lisboa.
Segundo Felix Petersen, em Faro, 43,5% dos utilizadores estacionaram de forma correta, recebendo o bónus de 50 cêntimos.
Ainda no capítulo da segurança, o responsável indicou que as trotinetes têm uma velocidade máxima de 21 quilómetros por hora. A empresa, acrescenta, disponibiliza capacetes e incentiva a sua utilização, mas não o pode impor, uma vez que a lei assim não o exige. Os utilizadores das trotinetes da Flash têm de ter mais de 18 anos, embora Felix Petersen reconheça, em declarações ao Negócios, que "não existe forma de fiscalizar o cumprimento dessa regra".
Quanto ao número de trotinetes a colocar em Lisboa, o diretor da Flash limita-se a dizer que "em função da análise à procura que tivermos, iremos ajustar a oferta". O responsável defende que não se deve "inundar" o mercado com trotinetes que depois têm pouca utilização, mas também é necessário ter veículos em número suficiente para ser uma opção viável para os clientes.
(notícia atualizada às 12:19 com mais informação)