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Contrato que inclui compra de 42 carruagens para Metro de Lisboa recebe visto prévio do Tribunal de Contas
O contrato, assinado em fevereiro de 2020, por um valor de 114,5 milhões de euros, recebeu visto prévio por parte do Tribunal de Contas. Este acordo inclui a aquisição de um novo sistema de sinalização ferroviária e a compra de 42 carruagens.
O contrato que permitirá modernizar o sistema de sinalização e aumentar as carruagens disponíveis no Metro de Lisboa (ML) recebeu visto prévio por parte do Tribunal de Contas (TdC). Em comunicado, o Metro de Lisboa indica que, "com esta decisão", o contrato assinado "inicia, agora, a sua vigência".
Este contrato foi assinado a 8 de fevereiro de 2020, com o Agrupamento Stadler Rail Valencia, S.A.U./ Siemens Mobility Unipessoal, Lda., pelo valor de 114,5 milhões de euros, tendo um prazo global de execução de 77 meses.
O visto prévio por parte do TdC acontece após o Metro de Lisboa ter sido notificado, a 18 de novembro de 2020, pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, de que o agrupamento da Thales e CRRC Tangshan desistiu dos processos de impugnação do concurso para o fornecimento de novas carruagens.
Nessa altura, a empresa indicou que daria "de imediato sequência ao contrato", celebrado com agrupamento Stadler Rail Valencia e Siemens Mobility pelo valor de 114,5 milhões de euros, fazendo a sua submissão a visto prévio do Tribunal de Contas.
O acordo estipula a modernização do sistema de sinalização ferroviário e a aquisição de 14 novas unidades triplas para o Metro de Lisboa, que contabilizam 42 carruagens. Na nota enviada às redações, o Metro de Lisboa refere que estas unidades vão "melhorar a oferta de comboios e serviços do ML, permitindo mais conforto e acessibilidade para os clientes, bem como um sistema de comunicação com os clientes, que vai permitir informação variável e flexível e sistemas de segurança e vídeo vigilância mais modernos."
O ML detalha que o sistema de controlo CBTC (Communications-Based Train Control), incluído nestas novas carruagens, vai substituir um sistema da década de 70. Será possível ter um "controlo contínuo do movimento dos comboios e um aumento da frequência e da regularidade do serviço público de transporte prestado pelo Metropolitano de Lisboa, garantindo, de um modo mais eficaz, a oferta de comboios, em número e frequências mais adaptados às necessidades do serviço público e com segurança acrescida", diz a empresa.
Este sistema CBTC será instalado em 70 comboios já existentes do Metro, determina o contrato. Também serão implementadas funcionalidades de proteção Automatic Train Protection (ATP), de operação Automatic Train Operation (ATO) e de supervisão Automatic Train Supervision (ATS) em toda a extensão das linhas Azul, Amarela e Verde, indica a empresa em comunicado.
O acordo inclui ainda a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos por um prazo de três anos; o fornecimento de stock após os três anos determinados no período de manutenção, incluindo a disponibilização de peças sobressalentes e consumíveis por mais dois anos. Também questões como a formação técnica para operação e manutenção, parametrização configuração ou regulação dos sistemas estão incluídas no contrato.
Primeiras três carruagens esperadas em 2023
O fornecimento destas 42 novas carruagens será feito através de entregas faseadas, explica o Metro de Lisboa. O plano de trabalhos da proposta prevê que a primeira unidade tripla - ou seja, 3 carruagens - seja entregue no primeiro trimestre de 2023.
De acordo com o plano, a entrega da 14.ª unidade tripla está prevista para o terceiro trimestre de 2025.
As carruagens terão "janelas amplas, painéis de portas e áreas de intercirculação com elevado espaço livre que possibilitarão que as entradas e saídas se efetuem de forma expedita", explica a empresa, que acrescenta que "o salão de passageiros também estará concebido para maximizar o espaço disponível".