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Comboio ultra-rápido Virgin Hyperloop realiza primeiro teste com passageiros. Veja o vídeo
A alta velocidade, o Virgin Hyperloop realizou este domingo a sua primeira viagem com passageiros. Pelo deserto da Nevada, foram percorridos 500 metros em apenas 15 segundos, por aquele que se intitula do comboio do futuro.
O meio de transporte futurista, que envolve cápsulas dentro de tubos de vácuo, realizou este domingo a sua primeira viagem com passageiros. O teste decorreu no deserto do Nevada, com dois funcionários da empresa a bordo.
Neste primeiro teste DevLoop, o comboio apelidado de Pegasus, atingiu os 172 km/hora ao percorrer 500 metros em 15 segundos. No entanto, a empresa ambiciona que chegue a uma velocidade muito superior, de sensivelmente mil quilómetros por hora.
A Virgin Hyperloop não é a única empresa a desenvolver este conceito, todavia fez história por ter sido a primeira a transportar passageiros. Depois de mais de 400 testes, o Pegasus percorreu a pista de 500 metros de comprimento e 3,3 metros de diâmetro com dois humanos dentro.
Sara Luchian, diretora de experiência, foi uma das duas pessoas a bordo e descreveu à BBC esta viagem como "estimulante psicológica e fisicamente". Para Luchian o teste foi tranquilo e "nada parecido com uma montanha-russa", embora a aceleração tenha sido "maior" do que seria com uma pista mais longa. Também o "chief technology officer" (CTO) da empresa, Josh Giegel, participou na viagem e nenhum deles se sentiu mal, acrescentou à BBC Sara Luchian.
O conceito deste meio de transporte, descrito por alguns como ficção científica, baseia-se numa ideia do fundador da Tesla, Elon Musk. A sua ideia parte dos comboios de levitação magnética (maglev) mais rápidos do mundo, que por se encontrarem dentro de tubos de vácuo atingem velocidades muito superiores ao normal, sendo o recorde mundial de 602 km/hora, registado em 2015 por um comboio japonês em testes.
O Pegasus, utilizado para o primeiro teste de passageiros, foi projetado com a ajuda da empresa de design do famoso arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels. Ele representa uma versão reduzida do que a Virgin Hyperloop espera que seja um casulo de tamanho real, capaz de transportar até 23 passageiros por viagem.
Fundada em 2014, a Virgin Hyperloop está a explorar diversos conceitos de transportes que atinjam velocidades elevadas pelo mundo fora. Quanto a este marco histórico "Ninguém fez nada perto do que estamos agora a falar", disse Jay Walder, CEO da Virgin Hyperloop, ao The Verge. "Este é um hiperloop em escala real que não irá apenas circular num ambiente vácuo, mas que terá pessoas dentro dele. Ninguém chegou perto de fazer isto", reforça ainda Walder.
Luchian reconhece que surgirão dificuldades, contudo, afirmou à BBC que: "Sabemos que as pessoas estão à procura de soluções. Elas estão a tentar encontrar o transporte do futuro. Podemos continuar a construir sistemas de transporte de hoje ou de ontem e continuar a encontrar os mesmos problemas, ou podemos realmente procurar construir algo que resolva essas questões".