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Casimiro quer afastar ex-CEO da Groundforce sem pagar indemnização

Os acionistas da empresa de “handling” vão votar esta tarde a destituição de Paulo Neto Leite, que passou a ocupar apenas funções não executivas depois de ser afastado do cargo de CEO por "total quebra de confiança".

Facebook/Alfredo Casimiro
10 de Maio de 2021 às 10:25
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Um mês depois de demitir Paulo Neto Leite do cargo de CEO por "total quebra de confiança", a Groundforce vai esta tarde "deliberar sobre a destituição de administrador com justa causa e efeitos imediatos com fundamento na violação grave dos deveres de lealdade e de cuidado a que estava sujeito".

 

É este o ponto que surge na convocatória para a reunião desta segunda-feira, 10 de maio, dos acionistas da Groundforce - Pasogal (50,1%), TAP (43,9%) e PGA (6%), citada pelo Eco, que escreve ainda que o objetivo de Alfredo Casimiro é que o antigo gestor saia sem direito a indemnizações ou prémios.

 

Depois de ser afastado da liderança executiva, Paulo Neto Leite, que terá chegado a negociar com o Governo a possibilidade de um "management buy out" na Groundforce, adquirindo a participação da Pasogal, manteve-se até agora como administrador não executivo. O mandato terminaria apenas no final de 2021.

 

Numa carta aos trabalhadores, o gestor destituído disse aceitar as consequências das suas decisões na situação de impasse que acabou por resultar num acordo com a TAP, fechado a 19 de março, em que a companhia aérea adquiriu por sete milhões de euros equipamentos da empresa de "handling", que passa a pagar pelo aluguer deste material.

 

Este acordo, que na altura permitiu desbloquear provisoriamente o impasse na empresa e pagar os salários em atraso aos 2.400 trabalhadores, foi fechado com três votos a favor – o de dois administradores nomeados pela TAP e o de Paulo Neto Leite –, a abstenção de Alfredo Casimiro e ainda um voto contra.

 

Um contrato que, no final de abril, o conselho de administração da Groundforce viria a anular, alegando que, conforme está estruturado, inviabiliza a operação da empresa que presta assistência nos aeroportos.

 

Este sábado, 8 de maio, o principal acionista da Groundforce anunciou, em comunicado, ter contratado o banco Nomura para assessorar a venda da participação de 50,1% da Pasogal na empresa de "handling", e pediu "especial atenção" ao possível negócio com a belga Aviapartner.
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