A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) defendeu este sábado, 10 de agosto, que a greve dos motoristas é uma "vitória estrondosa" para os representantes sindicais, mas é "uma derrota brutal" para todos os trabalhadores sindicalizados.
"Esta greve anunciada é uma vitória estrondosa para os representantes destes sindicatos e uma derrota brutal para todos os trabalhadores sindicalizados", assegurou o porta-voz da Antram, André Matias de Almeida, em declarações à Lusa.
De acordo com este responsável, a proposta da associação representa "o maior aumento desde o 25 de Abril, que estes trabalhadores não terão", face à greve, cujo início está agendado para segunda-feira.
"Não creio que isto possa levar a algum lado. Esta postura destina-se a, por um lado, garantir a agenda pessoal dos representantes destes sindicatos e a fazer uma greve aos portugueses", defendeu André Matias de Almeida.
Para os patrões, esta "greve aos portugueses e ao país" reflete a postura que tem pautado os sindicatos: "conflito, ameaça e chantagem".
No entanto, a Antram reiterou que se mantém disponível para voltar a negociar, caso ainda seja cancelada a paralisação.
"A posição da Antram é a mesma desde há um mês, levantem o pré-aviso de greve, recuem […] e aceitem que este é o maior aumento, aquilo que as empresas podem suportar, e vamos para a mesa de negociação. Não negociamos enquanto o pré-aviso de greve e a greve não forem levantados", concluiu.
O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) decidiram hoje manter a greve com início na segunda-feira, por tempo indeterminado, após a realização de um plenário conjunto.