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Virgin Atlantic vai cortar mais de 3 mil empregos
Além da redução de um terço da sua força de trabalho, a companhia área vai ainda encerrar a base de Gatwick, em Londres.
A Virgin Atlantic, fundada pelo bilionário Richard Branson, vai eliminar 3.150 empregos, o equivalente a um terço da sua força de trabalho, e encerrar a base de Gatwick, em Londres, devido ao impacto do coronavírus.
A empresa informou dos cortes esta terça-feira, 5 de maio, através de um comunicado, onde o CEO Shai Weiss explica que as medidas são necessárias para redimensionar a transportadora aérea e prepará-la para o que poderão ser três anos de quebra na procura.
"Temos resistido a muitas tempestades desde o nosso primeiro voo, há 36 anos, mas nenhuma foi tão devastadora como a covid-19", afirma. "Para salvaguardar o nosso futuro e criar um negócio rentável e sustentável, agora é tempo de mais ação para reduzir os nossos custos, preservar o dinheiro e proteger o maior número possível de empregos".
A decisão da Virgin já motivou uma nota negativa do sindicato dos pilotos (Balpa) que considera que os cortes são um "golpe terrível" para a indústria.
"Sem uma ação imediata do governo, veremos a indústria outrora líder mundial ser dizimada e isso terá efeitos em toda a economia do Reino Unido", avançou o sindicato, num comunicado citado pela Bloomberg.
Os cortes da Virgin são conhecidos depois de também a rival British Airways ter anunciado que deverá eliminar até 12 mil postos de trabalho e deixar Gatwick, que atrai menos tráfego comercial do que Heathrow.
Há precisamente duas semanas o império de viagens e lazer de Branson começou a dar sinais de pressão, com a Virgin Australia, a segunda maior companhia aérea do país, a anunciar a suspensão dos pagamentos e a nomeação voluntária de administradores judiciais, devido à crise criada pela pandemia da covid-19.