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Um ano depois, Menzies conclui compra da Groundforce que em breve vai mudar de nome
Com a conclusão do processo de aquisição de 50,1% da Groundforce Portugal, a empresa de serviços de assistência em terra vai passar a denominar-se como Menzies Aviation. Os restantes 49,9% ficam nas mãos da TAP, através da conversão de créditos em capital.
"A conclusão bem sucedida desta transação, mais de 12 meses após o acordo ter sido anunciado pela primeira vez, em março de 2023, constitui um marco significativo na recuperação e revitalização da empresa de assistência em escala, com impacto em toda a economia nacional", lê-se no comunicado enviado às redações.
O plano de recuperação da Groundforce, que entrou em insolvência a 2021 a pedido da TAP, previa que a Menzies ficasse com 50,1% do capital da empresa de serviços de assistência em terra. A restante fatia [49,9%] ficará com a TAP SGPS através da conversão de créditos em capital. Mas no futuro esta percentagem poderá passar, pelo menos em parte, para as mãos da Menzies. Esta é uma das cláusulas do acordo, como tinha revelado, em entrevista ao Negócios em junho de 2023, Hassan El-Houry, presidente executivo da Menzies Aviation. Uma opção que não descarta, mas só "num futuro muito longínquo".
Na mesma entrevista, o responsável tinha detalhado ainda que a mudança da marca para Menzies Aviation fazia parte dos planos e que a ideia era manter a maioria dos atuais quadros. Objetivos confirmados e reforçados no comunicado emitido esta terça-feira. "A Groundforce Portugal passará a denominar-se como Menzies Aviation, tornando-se parte da maior empresa de serviços de aviação do mundo, com 45.000 funcionários e operações em mais de 290 locais em mais de 65 países, em seis continentes", lê-se no documento.
Quanto aos trabalhadores, refere que "a Menzies dará as boas-vindas a mais de 4.000 funcionários que trabalham em cinco aeroportos: Aeroporto Humberto Delgado m Lisboa, Aeroporto Francisco Sá Carneiro (no Porto, Aeroporto Gago Coutinho em Faro, Aeroporto Internacional da Madeira e Aeroporto do Porto Santo na Ilha do Porto Santo na Madeira".
Além disso, assegura que, juntamente com a TAP, a Menzies investirá em tecnologia avançada, "num movimento estratégico para sublinhar a sua dedicação em elevar os padrões, melhorar a eficiência e assegurar um crescimento sustentado. Também apoiará o desenvolvimento do pessoal à medida que a empresa constrói a sua presença no Sul da Europa", acrescenta.
Citado no comunicado emitido esta terça-feira, o presidente executivo da Menzies Aviation, afirma que "o anúncio de hoje é o culminar de um processo de um ano para transferir a propriedade e avançar com a revitalização do sector da aviação português. Estamos empenhados no nosso investimento estratégico na região, preparando o caminho para um futuro onde a inovação e a excelência ocupam um lugar central", comentou Hassan El-Houry.
O plano de recuperação da Groundforce - que detém uma quota de mercado de 65% - previa ainda a injeção de capital de quase 5 milhões de euros: 2,5 milhões pela Menzies e os restantes pela TAP, através da conversão de créditos em capital.
Como tinha sido noticiado, no início de maio o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa tinha homologado o plano de recuperação da empresa de logística dos aeroportos nacionais. E, como mandam as regras, seriam precisos decorrer mais 23 dias de calendário - para eventuais comentários de oposição, para transitar em julgado. Só depois a Menzies, controlada pela Agility Public Warehousing, do Koweit, poderia assumir a gestão da empresa que iniciou o processo da compra no primeiro trimestre de 2021.
A Menzies Aviation presta serviços logísticos do lado terra e ar e é controlada pelo grupo Agility, que até há pouco tempo prestava serviços de aviação através sua subsidiária National Aviation Servisses (NAS), sendo que quer a Menzies, quer a Agility não se encontram ativas em Portugal até agora.
(Notícia atualizada às 11h45)