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Tripulantes de cabine da Easyjet avançam com pré-aviso para agosto

Face ao "contínuo e penalizante" aumento do número de horas de trabalho, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) aprovou o pré-aviso de greve a realizar nos dias 15, 16 e 17 de agosto. easyjet insta sindicato a cancelar a greve e a "retomar um diálogo positivo".

DR
31 de Julho de 2024 às 16:38
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Os tripulantes de cabine da Easyjet que fazem parte do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) aprovaram o pré-aviso de greve para os dias 15, 16 e 17 de agosto. Em reação, a companhia aérea insta o sindicato a cancelar a greve e a "retomar um diálogo positivo".

Na base da votação que decorreu esta quarta-feira em assembleia-geral, com 99% dos presentes a votar a favor, está a "a insatisfação sentida pelos tripulantes pelo contínuo e cada vez mais acentuado desrespeito pela sua dignidade profissional", de acordo com o comunicado enviado aos associados, a que o Negócios teve acesso.

A  "falta de estabilidade de escalas", o tratamento "discriminatório" relativamente à classe dos pilotos, nomeadamente nas compensações dadas relativamente à disrupção de Verão, ou o cálculo que defendem ser ilegal do subsídio de Natal nos contratos de trabalho intermitente são algumas das reivindicações dos trabalhadores.

Porém, apesar das "inúmeras tentativas feitas pelos tripulantes de cabine da EasyJet para resolver as questões laborais e pecuniárias, as mesmas têm sido "ignoradas pela empresa". Uma posição que não é partilhada pela gestão da companhia aérea "low cost".

"Estamos extremamente desapontados com esta ação de greve desnecessária, especialmente nesta altura importante do ano, uma vez que já apresentámos soluções para abordar todas as preocupações levantadas pelo sindicato", assegura fonte oficial da Easyjet. Nesse sentido, insta o SNPVAC a cancelar a greve e a retomar um diálogo positivo.

A empresa lembra ainda que "todas as companhias aéreas na Europa foram afetadas pelo ambiente muito desafiante do controlo de tráfego aéreo (ATC), causado pelas restrições de pessoal e pelas limitações de capacidade, bem como pelas condições meteorológicas adversas, fatores estes que estão fora do controlo das próprias companhias aéreas". 

Por sua vez, o sindicato garante  que as últimas reuniões entre as partes têm-se verificado "inócuas em soluções" para problemas como a "ausência de recursos para colmatar falhas operacionais de planeamento e serviço de escalas", "insuficiência de pessoal em todos os departamentos relevantes (escalas, recursos humanos, payroll) ou, por exemplo, "falhas de alojamento e transporte, com a nova modalidade "reserve você, reembolsamos depois".

Além disso, denunciam "pressão para realização de horas extra para fins comerciais - a companhia deve ter o número de trabalhadores necessários e não esperar que o tripulante entre em dias de folga ou ultrapasse os limites de tempo de voo", explicam.

Considerando o "contínuo e penalizante aumento do número de horas de trabalho"  e que a via
do diálogo foi  "infrutífera", a entidade sindical , apresentou um "pré-aviso de greve a realizar nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 2024, decretando-a para todos os voos realizados pela easyJet, bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos.

Face a este anúncio, e caso a greve avance, a Easyjet sublinha que fará "tudo o que for possível para minimizar o impacto nos nossos clientes. Todos os clientes dos voos afetados serão contactados diretamente via SMS, sendo que qualquer cliente afetado por cancelamentos terá direito a um reembolso ou a uma mudança gratuita para um novo voo", acrescenta.

(Notícia atualizada às 18h17 com reação da Easyjet)

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