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Tripulantes da Portugália avisam TAP que sem acordo nas negociações avançam para greve
Pessoal de cabine da companhia do grupo TAP vai entrar em “meados de setembro” em negociações com a TAP para um novo acordo de empresa. Avisam que se sentem “descontentes, cansados e, sobretudo, invadidos por um sentimento de injustiça”.
Os tripulantes da Portugália vão entrar em negociações com a comissão executiva da TAP para um novo acordo de empresa e caso não sejam aligeiradas as condições de trabalho do pessoal de cabine, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) irá avançar para greve. A reunião vai decorrer "em meados de setembro", disse ao Negócios fonte oficial do sindicato.
Foi esta a decisão tomada na reunião de assembleia geral de urgência que decorreu esta terça-feira e que contou com a "forte adesão" de 120 tripulantes da Portugália, cerca de 30% do universo de 350 tripulantes da companhia do grupo TAP.
Numa nota interna do sindicato – a que o Negócios teve acesso – o pessoal de cabine da Portugália frisa que se sentem "descontentes, cansados e, sobretudo, invadidos por um sentimento de injustiça" que dizem ser "fruto do desrespeito contínuo a que são continuadamente sujeitos" por parte da comissão executiva da TAP.
Os trabalhadores salientam que tem havido "agravamento das condições de trabalho" que passam pelo "aumento das cargas de trabalho com a inerente fadiga e cansaço" havendo "desprezo pelo esforço" dos tripulantes.
Por isso, lê-se ainda na nota interna do SNPVAC, os tripulantes esperam que a TAP "tenha a consciência" que caso as negociações não resultem num acordo "não restará outra alternativa" ao sindicato "tomar medidas mais fraturantes" como a greve.