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Tripulantes da EasyJet mantêm greve e dizem que 30% dos voos já foram cancelados
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil mantém a greve para os dias 1, 2 e 3 de abril e acusa a EasyJet de “só parece querer dialogar nos seus próprios termos”
Os tripulantes da Easyjet, associados do SNPVAC (Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil), mantêm a greve anunciada para os dias 1, 2 e 3 de abril. E dizem que 30% dos voos da companhia aérea já foram cancelados.
O sindicato tinha avançado com o pré-aviso de greve por considerar que as negociações no âmbito do acordo de empresa (AE) e contrato coletivo (CLA) continuavam a não ser satisfatórias. Em cima da mesa estão aumentos salariais, entre outras reinvindicações.
Em comunicado, sublinham que "ao longo dos últimos cinco meses, em busca de uma solução que servisse os interesses dos Tripulantes e da empresa, o SNPVAC nunca desistiu de encontrar uma solução construtiva". E "sempre defendeu que uma tomada de posição mais radical nunca poderia ser tomada de forma leviana, tendo o sindicato esgotado todas as formas de diálogo".
O SNPVAC acusa a empresa de "só parece querer dialogar nos seus próprios termos, baseada na sua cultura empresarial, esquecendo-se que a negociação pressupõe a vontade das duas partes".
E defende que "ao contrário de certas insinuações da empresa, a Direção do SNPVAC tudo fez para evitar a situação em que nos encontramos hoje" E as críticas vão mais longe "A mesma empresa que nos acusa agora de extremistas, esqueceu que nos últimos 11 anos viveu uma paz social proporcionada pelos tripulantes portugueses e por este sindicato". "Inclusivamente, permitimos à empresa a abertura da base de Faro, onde a EasyJet anunciou esta semana em comunicado que aumentará a sua capacidade para 2,1 milhões de lugares, aumentando em 15% a sua capacidade em relação a 2022", acrescentam.
O sindicato dos tripulantes revela ainda que "a demonstração esmagadora e quase unânime na Assembleia já está a colher os seus frutos, tendo a empresa, até à data, cancelado cerca de 30% dos seus voos planeados para os dias de greve".
E acusa a EasyJet de "numa tentativa desesperada e pouco fundamentada", alegar "que a esmagadora maioria dos voos devem ser abrangidos pelos serviços mínimos". "A direção do SNPVAC contestou de imediato na expectativa de que os nossos governantes saibam defender o direito à greve, algo consagrado na nossa Constituição", conclui.