Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

TAP: Divulgação de informações confidenciais é "ataque ao coração da democracia", diz Seguro Sanches

Seguro Sanches referia-se à divulgação de mensagens de Whatsapp e de correio eletrónico, que envolvem o Governo, pela SIC e pela CNN Portugal, informações que também ficaram disponíveis esta manhã, na sala de segurança da comissão de inquérito. O caso será discutido na reunião de mesa e coordenadores nesta sexta-feira de manhã, para decidir quais as respostas mais eficazes.

28 de Abril de 2023 às 00:21
  • ...
O presidente da comissão de inquérito à TAP considerou hoje que a divulgação de informações confidenciais em órgãos de comunicação social é um "ataque ao coração da democracia", que merecerá punição exemplar de responsáveis.

"Eu acho que isto é um ataque ao coração da democracia. São coisas que nos fazem pensar, efetivamente, que nem todos estamos a fazer o que devemos fazer pelo bem e pelo interesse público do nosso país. Acho que cumpre-nos identificar o que se passou, identificar os responsáveis e puni-los de uma forma que seja exemplar, até pelo exemplo público que possa ser dado", afirmou o presidente da comissão de inquérito à TAP, o deputado socialista Jorge Seguro Sanches, no final de quatro audições de representantes de trabalhadores da companhia aérea.

Seguro Sanches referia-se à divulgação de mensagens de Whatsapp e de correio eletrónico, que envolvem o Governo, pela SIC e pela CNN Portugal, informações que também ficaram disponíveis esta manhã, na sala de segurança da comissão de inquérito.

"A confirmar-se, penso que na próxima reunião teremos de ter um ponto para tomarmos decisões em relação a esta questão", realçou Seguro Sanches.

O deputado social-democrata Paulo Rios de Oliveira recordou que estas comunicações "têm um emissor e um destinatário", embora tenha admitido que o momento da divulgação "empurra mais" a responsabilidade para o parlamento do que para os emitentes.

Já o deputado socialista Bruno Aragão pediu que, "mais do que refletir", se deve "agir em conformidade". "O que espero é que não entremos em grandes discussões sobre reflexão e que se utilizem os mecanismos que estão previstos, para perceber o que aconteceu", apelou.

Por sua vez, o deputado comunista Bruno Dias disse não se recordar de uma comissão parlamentar de inquérito tão mediatizada que tivesse tantas notícias e comentários "sobre tudo, menos o que se trata na comissão". "Alguém está a ganhar muito com isto, mas não é a Assembleia da República, nem a democracia, de certeza", afirmou.

Jorge Seguro Sanches disse que não seria inédito a realização de um inquérito ao caso, que classificou como um ataque aos trabalhos da comissão, feito de uma forma "anti-democrática, ilegal e absolutamente inaceitável".

"Mas acho que precisamos de conhecer exatamente o que aconteceu e ter a certeza absoluta das suspeitas que todos temos sobre o que aconteceu", ressalvou o presidente da comissão.

O caso será discutido na reunião de mesa e coordenadores nesta sexta-feira de manhã, para decidir quais as respostas mais eficazes. "Tomaremos aí as deliberações necessárias", adiantou Seguro Sanches.
Ver comentários
Saber mais Jorge Seguro Sanches TAP política tecnologias de informação
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio