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Ryanair "não pode excluir" mais despedimentos mas quer proteger os empregos em Portugal

A companhia aérea 'low-cost' Ryanair "não pode excluir" mais despedimentos em Portugal, mas garantiu que tudo fará para proteger os 360 postos de trabalho que tem no país.

Reuters
22 de Dezembro de 2020 às 16:26
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Segundo indicou à Lusa o diretor de Recursos Humanos da transportadora, Darrell Hughes, além dos 23 previstos no Porto e seis em Lisboa não há "mais planos para despedimentos", nem em Ponta Delgada nem em Faro, onde a Ryanair também está presente.

"Não temos mais planos, mas o nosso calendário de voos para o ano ainda não está terminado. Não podemos excluir essa possibilidade [de mais despedimentos], mas vamos tentar proteger os empregos", referiu.

No fim de semana, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) acusou a Ryanair de iniciar um novo processo de despedimento coletivo, agora na base de Lisboa, depois de o ter feito no Porto.

"A Ryanair resolveu, de forma incompreensível e sem qualquer critério de gestão, iniciar um novo processo de despedimento coletivo, agora na Base de Lisboa, envolvendo seis tripulantes, que curiosamente recusaram assinar, apesar da pressão da Ryanair, uma adenda que, como o sindicato alertou na altura, é ilegal", referiu o SNPVAC em comunicado.

O sindicato realça também que tomou conhecimento que a Ryanair retomou, no dia 01 de dezembro deste ano, o processo do despedimento coletivo dos tripulantes de cabine na base do Porto, que atingiu 23 pessoas.

Darrell Hughes vincou que a transportadora já conseguiu "acordos com 100% dos pilotos e 99% dos tripulantes" para obter poupanças de custos e eficiências que depois são devolvidas durante um período de quatro anos.

"Durante o verão, o cenário alterou-se muito no que diz respeito ao calendário de inverno e ficamos numa posição de excedente significativo de tripulação no Porto e em Lisboa. Numa tentativa final de salvar esses empregos começamos a negociar com o SNPVAC um acordo para manter os postos de trabalho para toda a gente", mas não foi possível obter esse acordo, segundo Darrell Hughes.

"A nossa porta está sempre aberta para negociações e trabalhamos muito para salvar empregos. Mas trabalhamos numa solução durante nove meses, eles assinaram um acordo, mas depois não o conseguiram ratificar. Não há negociações a ocorrer neste momento e é um pouco tarde", indicou o responsável, questionado sobre a possibilidade de um acordo.

 

 
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