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Pilotos aguardam com “elevada expectativa” as explicações pedidas pelo Governo
“Era um presente que dispensávamos. A perceção da notória dualidade, na forma de tratamento entre funcionários da mesma empresa, com claro benefício para os que têm muito menos anos de serviço prestados à TAP”, sublinha em comunicado interno o SPAC.
Os pilotos dizem aguardar "com elevada expectativa e sentido crítico" as explicações pedidas pelos ministros das Finanças e das Infraestruturas e Habitação sobre a legalidade e o valor da indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis e daí "extrair as devidas consequências".
Em comunicado enviado pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil aos associados, a que o Negócios teve acesso, são levantadas pelos pilotos várias questões sobre os termos da saída da secretária de Estado do Tesouro da TAP.
Para o SPAC, é "óbvio" que se tratou de uma rescisão por mútuo acordo, "que teve contornos bem diferentes daqueles que se aplicaram" aos trabalhadores da TAP. E o pagamento dos 500 mil euros a Alexandra Reis – que tinha a tutela dos recursos humanos enquanto vogal do conselho de administração - foi uma notícia "perturbadora" que afeta "o bem-estar" dos pilotos e da empresa.
"Era um presente que dispensávamos. A perceção da notória dualidade, na forma de tratamento entre funcionários da mesma empresa, com claro benefício para os que têm muito menos anos de serviço prestados à TAP", sublinha o comunicado interno do SPAC.
Os pilotos dizem ainda não compreender "como foram tomadas estas decisões indemnizatórias" numa empresa "em situação económica difícil, intervencionada com dinheiro público", com um valor que ascende a 3,2 mil milhões de euros de ajuda do Estado, e que aplica cortes salariais aos trabalhadores.