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Pedro Nuno Santos: "A TAP é uma mochila que continuarei a carregar ao longo da minha vida"

O secretário-geral do PS lembrou ainda que a TAP não foi a única companhia aérea portuguesa a ser intervencionada.

Miguel Baltazar
06 de Fevereiro de 2024 às 15:27
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Pedro Nuno Santos admitiu que o processo de intervenção do Estado na TAP "teve erros e falhas". Porém, o antigo ministro das Infraestruturas à data, defende que é preciso "ter capacidade para não nos fixarmos apenas naquilo que não correu bem e passar uma esponja pelo sucesso".

"A TAP continua a ser um tema usado contra mim, mas pegámos numa empresa que estava falida e metemo-la a funcionar e a dar dinheiro", apontou num almoço-debate promovido pela Confederação do Turismo de Portugal, recordando que nos primeiros nove meses de 2023 a companhia aérea registou lucros de 200 milhões de euros.

"Estamos a falar de uma empresa que estava falida, que tinha 100 milhões de euros de prejuízos por ano e a gestão era pública", apontou. "Fizemos a reestruturação e  todos diziam que ia sair uma Tapzinha. Mas não ficou nenhuma Tapzinha, conseguimos contratar uma administração que meteu a empresa a dar dinheiro", disse, referindo-se à equipa liderada por Christine Ourmières-Widener.


O candidato a primeiro-ministro aproveitou ainda para lembrar que a TAP não foi a única companhia aérea portuguesa resgatada,  a SATA também foi alvo de uma reestruturação aprovada por partidos de outra cor política. Mas "só o processo da TAP é criticado", lamentou.  "É este dualismo, esta coerência que caracteriza a política em Portugal que nos impede de olhar para os temas como têm de ser olhados", acrescentou.



Além disso, segundo o candidato a primeiro-ministro, a intervenção da SATA representou "
10% da riqueza gerada em um ano nos Açores", enquanto a TAP pesou 1,5%. E ao contrário da TAP, "a SATA ainda não deu lucro".

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