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Mais de 50% das vendas da TAP para os Açores já são em mercados estrangeiros
A TAP quase quintuplicou em quatro anos o número de passageiros transportados na rota dos Açores, para 220 mil em 2018, ano em que 52,3% dos bilhetes já são vendidos em mercados estrangeiros, segundo a companhia aérea.
Os números foram avançados à Lusa pelo responsável de vendas e 'marketing' da TAP, Abílio Martins, a propósito do 44.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorreu de quinta-feira a sábado à noite em Ponta Delgada, Açores.
"Temos assistido a um crescimento sustentado dos passageiros transportados de e para os destinos operados pela TAP nos Açores. Na rota de Ponta Delgada passámos de 46.000 passageiros em 2014 para cerca de 220.000 em 2018, acresce a introdução do voo diário Porto-Ponta Delgada, iniciado em 25 de Março deste ano", afirmou o responsável da TAP.
Além disso, neste verão, a companhia aérea introduziu um voo 'night stop' na ilha Terceira, permitindo, segundo a mesma, "aumentar e melhorar as conexões à rede TAP".
Para Abílio Martins, "este crescimento [da presença da TAP nos Açores] é ainda mais significativo quando consideramos as vendas feitas em mercados que não Portugal", disse, acrescentando que "a TAP está a promover os Açores como um destino, nos mercados exteriores".
Em 2016, 32% das passagens aéreas da companhia foram vendidas em mercados fora de Portugal, em 2017 esta percentagem aumentou para 46,5% e em 2018 vai passar para 52,3%.
Durante o congresso da APAVT, a secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo dos Açores, Marta Guerreiro, referiu que o crescimento da procura do arquipélago como destino turístico "possibilitou melhores e consistentes taxas de ocupação, com os Açores a serem, desde 2015, a região do país com o maior crescimento nas dormidas, com uma variação positiva de 20%, superando-se, em 2017, com grande margem, a desejada meta dos dois milhões de dormidas".
Apesar disso, a governante lembrou que este ano, e à semelhança do que acontece no sector como um todo nacional, se registam taxas de crescimento nos fluxos turísticos mais baixas do que as verificadas nos anos anteriores, "em parte pela desaceleração conjuntural internacional dos fluxos turísticos já prevista desde fins de 2017, mas também pelo ressurgimento de destinos de sol e praia com preços extremamente baixos".
"Embora os Açores não se posicionem, nem como destino turístico de baixo preço, nem como destino de sol e praia, apesar das nossas excelentes praias e pitorescas zonas balneares, com água do mar a uma temperatura invejável, na verdade, mesmo os turistas com algum perfil de turismo de aventura e de natureza estão a ser aliciados por promoção intensiva e preços muito baixos em destinos como Egipto, Turquia ou Tunísia", referiu.