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Entidade que fará avaliação estratégica ao novo aeroporto será escolhida por concurso
O ministro das Infraestruturas disse no Parlamento que espera que concurso a lançar pelo IMT para avaliar as três opções para o aumento da capacidade aeroportuária de Lisboa seja o mais rápido possível.
"Espero que seja o mais rápido possível", afirmou, lembrando que o processo dependerá agora de tempo para o concurso e para a realização da AAE, a qual demorará entre 9 meses e um ano.
"Há um período que estamos a perder, mas não há forma", disse ainda, pedindo a consensualização entre "os partidos que representam a população". "O que não pode acontecer é o sistemático para-arranca", acrescentou.
Na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, Pedro Nuno Santos reafirmou que se o novo aeroporto não for no Montijo não há lugar ao pagamento de qualquer indemnização à ANA – Aeroportos de Portugal, salientando que para a concessionária dos aeroportos nacional "é indiferente" a localização que for escolhida.
"O mecanismo previsto para pagar o aeroporto é a própria operação. O que acontecerá se a opção final for Alcochete é que operação do aeroporto sairá mais cara, a não ser que se encontre uma forma diferente que é pôr o Estado português a pagar", disse o governante.
"Para o concessionário é indiferente, não é indiferente para o utilizador do aeroporto ou para o Estado", frisou.
Pedro Nuno Santos explicou que na sequência dos pareceres negativos de municípios da região e da posição tomada pelo PSD para aceitar uma alteração da lei que dá poder de veto nestas matérias a autarquias, o Governo acordou avançar com uma AAE colocando apenas em cima da mesa o Montijo e a opção relativamente consolidada de Alcochete, e não "abrir a avaliação a todas as localizações que foram estudadas nas últimas cinco décadas".
Assim, a AAE analisará três soluções possíveis: a atual solução dual, em que o aeroporto Humberto Delgado terá o estatuto de aeroporto principal e o Montijo o de complementar; uma solução dual alternativa, em que o Montijo adquirirá, progressivamente, o estatuto de aeroporto principal e o Humberto Delgado o de complementar; e a construção de um novo aeroporto no campo de tiro de Alcochete.
"O Governo não vai entrar no exercício de defender mais uma opção do que outra", disse, remetendo para a AAE a avaliação das questões ambientais mas também a avaliação da variável custo, tempo de construção, impacto na região e proximidade".